Para diminuir a criminalidade, puna a vítima.


Do Times of India:

A day after a 23-year-old woman was abducted and gangraped in the city, the Gurgaon administration on Monday passed an order virtually absolving its responsibility of ensuring women are safe. The administration has told all malls, commercial establishments and pub owners that they cannot have women employees working beyond 8pm.

Gurgaon deputy commissioner P C Meena said permission from the labour department would be required for a woman employee to work beyond the stipulated time in these establishments. For staffers permitted to work after 8pm, the employer would have to provide transportation for them to go home, he said.

Se você não foi alfabetizado em inglês, eu explico. A administração de uma cidade indiana proibiu que mulheres trabalhassem após as 20h, devido às recentes ocorrências de sequestros seguidos de estupro.

Este caso relembra aquele que motivou o início da Slut Walk (Marcha das Vadias ou das Galdérias, em Portugal) em todo o mundo. Como o Terra mencionara:

A ideia da marcha canadense aconteceu depois que um policial, durante palestra em uma universidade local, ter afirmado que as mulheres deveriam evitar se vestir como vagabundas para não serem alvos preferenciais de estupros. A palestra se deu em um momento em que os casos de estupro estavam em evidência no Canadá.

São absurdos, mas infelizmente comuns os casos de violência em que se tenta culpar a vítima. “Ela usa saias curtas demais, parece que quer provocar”, “A bichinha precisa se vestir desse jeito?”, “Mendigo não tem que ficar na rua”, “Mereceu apanhar” são frases assustadoramente corriqueiras. Ao invés de se pregar o respeito e a punição adequada aos criminosos, tenta-se pasteurizar a sociedade.

Mas o que leva a esta visão distorcida da realidade?

Em minha opinião, o principal responsável é a falta de civilidade, derivada do desconhecimento (na prática) de conceitos como respeito às diferenças e liberdades individuais, propriedade coletiva, individualidade, etc. Seja por estruturas familiares deficientes, dogmas ou ignorância, muitas pessoas julgam os que estão ao seu redor sem pudor. E os diferentes são os que mais sofrem. Até quando?

E mais importante: como mudar isto?

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