Do UOL Notícias:
O governo lançou nesta quarta-feira (27) um pacote de estímulos à indústria nacional no valor de R$ 8,4 bilhões, a serem injetados a partir do segundo semestre, e anunciou também um corte nos juros de longo prazo para baratear investimentos.
Nomeado de PAC Equipamentos, em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o plano prevê investimentos desde a área de defesa, passando pela saúde, até a compra de ônibus e carteiras escolares. Do total de R$ 8,4 bilhões, mais de R$ 6 bilhões não estavam previstos no orçamento deste ano, afirmou a presidente Dilma Rousseff.
No mesmo anúncio, o governo também reduziu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que serve de referência para a correção dos empréstimos feitos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao setor produtivo. A queda –de 6% para 5,5%– valerá também para empréstimos já contratados. Mesmo não interferindo diretamente nos empréstimos feitos às pessoas físicas, a redução da taxa pretende estimular os investimentos, já que incentiva a tomada de crédito pelas empresas.
Reduzir as taxas de longo prazo é algo relevante, mas completamente natural em uma economia que amadurece e ainda possui taxas de juros proibitivas a muitos investimentos necessários.
Quanto ao chamado PAC Equipamentos, a piada já está praticamente pronta. Pra quê? O governo Dilma resolveu nomear qualquer pacote com a sigla que fez sucesso para elegê-la, e isso já está se tornando ridículo. Comprar carteiras escolares ou ambulâncias e chamar de PAC é patético.
Enquanto isto, o que realmente é necessário para acelerar o crescimento econômico – ou seja, elevar o crescimento potencial da economia – não é feito.
A reforma da previdência, que engessa o país e cada vez se torna mais urgente. A reforma trabalhista, que possibilitaria uma negociação direta entre empregadores e trabalhadores (através ou não de seus sindicatos) e desoneraria a folha trabalhista, possibilitando treinamentos, ampliação nos empregos, etc. A reforma fiscal, que descomplicaria a economia e facilitaria a abertura de novas empresas, além de reduzir os impostos pagos pelos mais pobres. A reforma do SUS. Do sistema educacional. Etc. Etc. Etc.
Fiquem atentos. Nós continuamos de olho e aguardando alguma ação REAL do governo.