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Saiba como o inverno afeta os preços dos alimentos

Entramos em junho e boa parte dos brasileiros já sentiu na pele o início (antecipado) da estação mais fria do ano. Mas o inverno não afeta apenas as temperaturas – ele também afeta os preços de muitos produtos, especialmente os alimentícios.

Isso é resultado da sazonalidade – comportamento típico de determinado período e que se repete com intervalos regulares. Neste caso, o inverno se repete todos os anos, e com isso, os preços de diversos produtos.

Leite, frutas e verduras são altamente sazonais

Um dos produtos mais afetados pela sazonalidade é o leite. De estudo publicado pelo CI Leite:

O clima predominante no Brasil é o tropical, caracterizado por temperaturas elevadas e estações do ano bem definidas, com inverno seco e verão chuvoso (MOREIRA, 2002). A escassez de chuvas no período da seca, conjugado com o frio nos meses de julho a agosto, são o principal causador da queda do volume de leite na entressafra, motivado principalmente pela redução da disponibilidade e qualidade nutricional das pastagens, o que exige suplementação do rebanho com volumoso e/ou concentrado.

As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste são as principais regiões produtoras de leite no País (Tabela 1). Especialmente nos estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo, o clima tropical é bastante característico, com verão quente e chuvoso e inverno seco. Esses períodos são caracterizados por abundância e escassez de forragem nas pastagens, que influenciam diretamente no volume de leite produzido, principalmente nos sistemas menos especializados, isto é, com menor preocupação com a alimentação do rebanho no período de seca.

Pense comigo, faz todo o sentido: custos mais elevados e menor oferta elevam o preço do leite!

Mas segundo estudo publicado pelo Banco Central, os produtos mais sazonais são:

ipca

 

Como era de se prever, hortaliças, frutas, legumes e tubérculos (como a batata) estão entre os produtos mais afetados pela estação mais fria e seca do ano. O Ceagesp preparou uma tabela com a sazonalidade de alta e de baixa de diversos produtos. Vale a pena conferir aqui.

Portanto, prepare o seu bolso e faça escolhas inteligentes. Se os preços de determinados produtos estão altos, substitua-os no seu cardápio por outros de época!

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A importância do discurso oficial no combate à inflação

Todos já devem saber do rebuliço causado por uma frase infeliz (para dizer o mínimo) de nossa excelentíssima senhora presidente da república, Dilma Rousseff, da semana passada:

Eu não concordo com políticas de combate à inflação que ‘olhem’ a questão do crescimento econômico, até porque temos uma contraprova dada pela realidade: tivemos um baixo crescimento no ano passado e um aumento da inflação, porque houve um choque de oferta devido à crise e fatores externos.

Que frase infeliz, hein Dilma…

A reação do mercado foi imediata: a expectativa de juros futuros dos investidores cedeu, acreditando em uma influência direta da presidência sobre as decisões do Banco Central.

Além da possibilidade de menosprezo ao controle da inflação em si, que já é um problema grave, a frase de Dilma respingou na autonomia do Banco Central. Aí você me pergunta: mas porque é importante ter um BC independente? Deixarei o economista Roberto Luís Troster responder:

troster

 

O governo pode confundir seus próprios interesses de curto prazo (como Troster disse, popularidade/eleições) com os de longo prazo do Estado, da nação (estabilidade e crescimento sustentado). E aí reside a importância de um BC independente.

Voltando, então, à questão principal deste post: Por que o discurso é tão importante?

Porque os preços são formados, basicamente, por:

1) Preços passados. O preço de ontem é fator importante na formação do preço de hoje.

2) Atividade econômica: se a economia está aquecida, a demanda por produtos e serviços aumenta. Logo, os preços sobem para ajustar a economia. O oposto acontece em uma economia deprimida: se a demanda se retrai, o ofertante terá menores incentivos para subir os preços (se não reduzi-los).

3) Custos. Se os custos estiverem acima do preço final, é pouco provável que haja oferta. Neste caso, os preços devem subir.

4) EXPECTATIVAS.

Aqui mora a grande incógnita da formação de preços em uma economia.

Se os ofertantes acham que a economia vai melhorar (ou que seus custos vão subir), eles tentarão antecipar o movimento para não perder dinheiro. Aí, o nível de preços sobe mesmo.

Dentre outros motivos, é por isto que as taxas de juros futuras têm influência nos níveis de preço: se um produtor achar que terá de pagar mais juros no futuro para financiar investimentos, pode desistir de alguns. No agregado, isso desacelera a economia como um todo, freando a aceleração dos preços.

Devido a isto, economias mais indexadas tendem a apresentar inflação mais resistente.

Até hoje, ainda temos resquícios de quando boa parte de nossa economia era indexada: os contratos de aluguel, por exemplo. Eles são reajustados com base em índices de inflação como o IGP-M. Até a década de 80, até mesmo salários eram reajustados desta forma. Aí, quem podia se antecipar colocava uma gordurinha a mais, especialmente com o temor dos congelamentos de preços (a partir do plano cruzado).

Está formada a grande panaceia dos preços: a inflação vai subindo de patamar em patamar: de 2%am para 4%am, para 8%am, para 16%, até chegarmos aos estratosféricos níveis de mais de 1000% de inflação ao ano.

Portanto, Dilma, fique quietinha que continuamos gostando de você. Ou não.

 

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Acelera, Brasil! Prévia de PIB de janeiro mostra crescimento de 1,3% em apenas um mês

Os sonhos mais profundos do governo parecem estar se tornando realidade. E assim, ajudam a encaminhar a reeleição de Dilma Rousseff em 2014. Segundo a prévia do PIB divulgada nesta sexta-feira pelo Banco Central do Brasil, a economia apresentou um crescimento de 1,29% em relação a dezembro (na série sem os efeitos sazonais) e de 2,73% em relação a jan/2012.

O Brasil não está morto! PIB volta a acelerar, segundo prévia do Banco Central

Este resultado é interessante, visto que em nenhum momento o IBC-Br superou a marca de 1% em um único mês ao longo de 2012. O melhor resultado daquele ano foi o de junho, com crescimento de 0,72%. Em dezembro, o IBC-Br havia registrado queda de 0,45% em relação ao mês anterior.

Não podemos ignorar que janeiro é o principal mês de colheitas no país, e que tivemos forte quebra de safra no ano passado. Ou seja: a agropecuária pode representar boa parte deste crescimento no mês.

É um pequeno sinal, mas que se se mantiver, pode indicar uma retomada do crescimento econômico do país. Aguardemos novas informações. Continuaremos atentos.

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Pensando em financiar um imóvel? Entenda todos os custos dessa operação.

Se você está pensando em comprar um imóvel, é bem provável que tenha considerado financiar ao menos uma parte do valor total. A queda vertiginosa das taxas de juros (capitaneadas pelos bancos estatais e seguida pelos privados) tornou isso ainda mais fácil, mas é preciso atenção ao escolher a instituição financeira em que vai financiar seu imóvel dos sonhos.

O imóvel dos seus sonhos pode parecer ao alcance das suas mãos com as promessas de juros baixos… mas preste atenção às demais taxas!

Devido a Resolução 3517 de 2007 do Banco Central do Brasil, as instituições financeiras concedentes de empréstimos para financiamento imobiliário são obrigadas a informar o CET – Custo Efetivo Total – da operação. Isto é, além da taxa de juros, é preciso calcular o percentual de aumento anual efetivo da dívida. Entenda melhor no site do Bacen.

Além da Taxa de juros, outros valores entram na conta do CET. Veja abaixo:

Há dois tipos de seguros:

– MIP (Morte ou Invalidez Permanente)

– DFI (Danos Físicos ao Imóvel)

Além disto, há as seguintes tarifas:

– Administração mensal

– Análise jurídica

– Emissão do contrato

Segundo o especialista em crédito imobiliário Marcelo Prata, em entrevista à Folha, geralmente estes custos acrescentam de 1-1,5 pontos percentuais à taxa de juros anual. Ou seja: se o banco ou financeira promete juros de 9% ao ano no seu financiamento, você provavelmente pagará efetivamente 10-10,5% de CET.

Portanto, fique atento a este número e boa mudança!

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Banco Central lança novas notas. Confira!

O Banco Central lança hoje as novas notas de R$10 e R$20. Veja abaixo:

As cores permanecem as mesmas, mas as novas notas tem novos instrumentos de segurança, como faixa holográfica, marca d’água, elementos fluorescentes, números escondidos, partes em alto-relevo, entre outros.

Além disto, as notas agora têm tamanhos diferentes, para facilitar o uso por deficientes visuais. As notas de R$10 medirão 13,5cm por 6,5cm, enquanto as de R$20 medirão 14,2cm por 6,5cm.

A nova família já está por aí, com as notas de R$100 e R$50, que entraram em circulação em dezembro de 2010.

As novas notas já começaram a ser distribuídas em bancos comerciais e caixas automáticos e gradualmente substituirão todas as notas antigas, a medida que estas se desgastem. Não é preciso se apressar, as antigas continuarão sendo aceitas.

As novas notas de R$2 e R$5 chegam só em 2013.

O BC criou um hot site exclusivo com a nova família. Conheça aqui!

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