Luisa Marilac ficou famosa em todo o Brasil por seu vídeo caseiro. Em uma piscina e “tomando bons drink”, ela zomba de quem falava mal. O tempo passou, a fama não trouxe os resultados financeiros esperados e Luísa se viu novamente em situação difícil.
Atualmente, Luisa Marilac trabalha como Supervisora de Serviços Gerais em um hotel em São Paulo. Nesta entrevista à Carta Capital, ela comenta a abertura do mercado de trabalho para travestis e transsexuais.
Para quem tem mais interesse, recomendo a leitura do livro “Quem sou eu – Autorrepresentações de travestis no orkut”, de Aline Soares Lima, disponível para download gratuito neste link. Destaco:
Na vida prática de grande parte das travestis e no cotidiano das ruas, o principal palco são as calçadas onde expõem seus corpos como em vitrines para a prostituição. Em trajes sumários e estratégicos, as “bonecas” fazem parte da paisagem noturna dos que trafegam pelas cidades na alta madrugada. Contudo, as imagens da prostituição travesti não são vistas somente por quem transita pelas noites, pois elas chegam também por meio de representações midiáticas e narrativas visuais e orais. (…) Desse modo, a sociedade em geral vai construindo, a partir de representações fragmentadas, um imaginário acerca das travestis, associando-as de um lado aos palcos, à vida artística e ao glamour; e de outro à violência, ao crime e à prostituição. No entanto, a diversão, o prazer e o espetáculo parecem invariavelmente fazer parte de suas vidas.