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Pensando em financiar um imóvel? Entenda todos os custos dessa operação.

Se você está pensando em comprar um imóvel, é bem provável que tenha considerado financiar ao menos uma parte do valor total. A queda vertiginosa das taxas de juros (capitaneadas pelos bancos estatais e seguida pelos privados) tornou isso ainda mais fácil, mas é preciso atenção ao escolher a instituição financeira em que vai financiar seu imóvel dos sonhos.

O imóvel dos seus sonhos pode parecer ao alcance das suas mãos com as promessas de juros baixos… mas preste atenção às demais taxas!

Devido a Resolução 3517 de 2007 do Banco Central do Brasil, as instituições financeiras concedentes de empréstimos para financiamento imobiliário são obrigadas a informar o CET – Custo Efetivo Total – da operação. Isto é, além da taxa de juros, é preciso calcular o percentual de aumento anual efetivo da dívida. Entenda melhor no site do Bacen.

Além da Taxa de juros, outros valores entram na conta do CET. Veja abaixo:

Há dois tipos de seguros:

– MIP (Morte ou Invalidez Permanente)

– DFI (Danos Físicos ao Imóvel)

Além disto, há as seguintes tarifas:

– Administração mensal

– Análise jurídica

– Emissão do contrato

Segundo o especialista em crédito imobiliário Marcelo Prata, em entrevista à Folha, geralmente estes custos acrescentam de 1-1,5 pontos percentuais à taxa de juros anual. Ou seja: se o banco ou financeira promete juros de 9% ao ano no seu financiamento, você provavelmente pagará efetivamente 10-10,5% de CET.

Portanto, fique atento a este número e boa mudança!

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Aprenda a investir

Na última semana, aprendemos aqui no Economistinha como organizar suas finanças pessoais em dois passos, através da fotografia do que você costuma gastar e do controle dos seus gastos correntes. Como vocês devem se lembrar, a ideia é que, todos os meses, você gaste menos do que recebe e, com isto, sobrará dinheiro para investir. Porém, uma pergunta recorrente é: como devo investir?

Esta é uma pergunta sem uma resposta única, pois todas as formas de investimento possuem suas vantagens e desvantagens. Para tomar esta decisão, é preciso ter em conta diversos fatores, que podem auxiliá-lo a escolher a sua cesta de investimentos.

Menciono cesta de investimentos porque, como todos sabem, é perigoso colocar todos os ovos em uma cesta só. É preciso ter atenção e sabedoria na hora de decidir como investir, para evitar arrependimentos posteriormente.

 

1) Objetivo e Prazo

Antes de investir, é preciso saber qual o seu objetivo com este investimento. Você quer comprar uma casa? Um carro novo? Uma viagem para o exterior? Pagar sua pós-graduação? Ou simplesmente garantir uma poupança para possíveis emergências?

Tendo isto em mãos, é importante também saber o prazo pelo qual pretende investir: alguns meses? Um ano? Dois, três, cinco anos? Eu prefiro pensar neste número como o saldo final da conta, mas nem sempre é assim. Isto porque prefiro pensar que a quantidade disponível para investir é derivada dos seus gastos correntes e de seus planos, e não o contrário. Porém, se o prazo é determinado externamente (se você não tem como controlá-lo), talvez tenha que sacrificar quanto gasta por mês. Vamos olhar os exemplos?

Exemplo 1: Viagem ao exterior

Quantia economizada por mês: 500 reais.

Custo da viagem: 7000 reais.

Taxa de retorno esperada dos investimentos: 0,6% ao mês

Tempo de retorno: 13,48

Considerando que se economize, portanto, por 14 meses, você terá R$ 279,66 extras para gastar! Se você tivesse comprado a mesma viagem em parcelas fixas com taxa de juros de 2% ao mês, você teria gasto quase R$ 8000 nesta compra.

Exemplo 2: Curso de especialização

Custo: 10000 reais.

Início do curso: jan/2013 (em 8 meses)

Tx de retorno dos investimentos: 0,7% ao mês

Economia mensal programada: 1000 reais

Economia mensal necessária: R$1219,70

Neste caso, como o curso começa em janeiro de 2013, não há muita escapatória. Ou você tem o dinheiro até lá, ou não poderá participar. Desejava-se economizar apena R$1000 por mês, mas será necessário fazer um esforço adicional de R$250 para garantir que se consiga toda a quantia. Será necessário um rearranjo dos gastos mensais para garantir que se consiga este esforço adicional.

2) Perfil do investidor

Mesmo que o investimento seja de longo prazo, há pessoas que morrem de medo de investir em bolsa de valores, por exemplo. Outras pessoas são ávidas por liquidez e, mesmo que tenham o capital disponível, dificilmente investiriam em imóveis. É preciso ter em conta todos estes fatores na hora de tomar a decisão de como investir. Tente refletir e descobrir como você lida com o risco, se você precisa de liquidez diária, semanal, mensal ou talvez não faça questão de liquidez, se você gosta de se manter atento aos seus investimentos ou prefere não precisar dar atenção a eles, entre outros fatores que podem influenciar o seu perfil de investidor.

Estes foram os primeiros passos para que você possa tomar as decisões corretas de como investir o seu dinheiro. Amanhã apresentaremos algumas opções de investimentos para você, com suas principais vantagens e desvantagens e, a partir da próxima semana, traremos entrevistas com pessoas normais, como você, explicando o seu perfil como investidor, suas preferências e dividindo conosco suas experiências com os investimentos até hoje. Fiquem atentos!

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