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Supermercado alemão revoluciona ao eliminar as embalagens

Um novo supermercado em Berlim promete revolucionar as compras ao reduzir drasticamente a quantidade de lixo gerada.

A Original Unverpackt é uma loja-conceito que foi fundada por Sara Wolf e Milena Glimbovski, que juntaram recursos através de crowdfunding para abrir a primeira unidade de supermercados que utilizam embalagem reutilizáveis.

No facebook oficial da iniciativa, pode-se ter mais informações.

Confira o vídeo abaixo (em alemão), em que a ideia fica mais clara (mesmo se você não falar alemão!):

(vi no Business Insider)

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Confira doze problemas do mundo resolvidos pela tecnologia

Neste cabalístico dia 12.12.2012, nada melhor do que trazer doze soluções para problemas socio-ambientais através da tecnologia disponível atualmente. Se você acha que os iPods, Androids e aplicativos servem apenas para tornar sua vida mais divertida, você vai se surpreender com essa lista (traduzida/adaptada do original publicado pelo Mashable):

1) Telefones Android ajudam tribos da amazônia brasileira a reduzir o desflorestamento

A tribo Surui tem dificuldade em manter sua cultura tradicional devido ao deflorestamento em suas terras. Por causa disso, o Google, através da sua equipe Google Earth Outreach, desenhou um plano para ajudar a proteger as florestas. Indivíduos da tribo foram treinados com aparelhos Android, através dos quais se mede a compensação de carbono das árvores nas terras da reserva. Após quatro anos, os trabalhos foram validados e, desde então, empresas de todo o mundo podem adquirir créditos de carbono dentro da reserva, contribuindo com a tribo através da redução do desmatamento.

2) Bicicleta adaptada separa o lixo reutilizável

A reutilização do lixo é necessária, mas quando é feita de maneira desprotegida pode gerar consequências devastadoras aos envolvidos. Esta invenção de baixo custo da engenheira da Universidade de Harvard Rachel Field ajuda a separar o perigoso do reutilizável de maneira segura.

3) Energia solar de baixo custo para regiões subdesenvolvidas

Mais de 1,5 bilhões de pessoas não tem eletricidade em suas casas – quase um quarto da população mundial.

O projeto de luz portátil está levando energia barata e renovável a estas pessoas, através de um kit que custa aproximadamente US$ 16 e conta com um painel refletivo, uma bateria recarregável, uma saída USB e um LED de elevada luminosidade. Saiba mais aqui.

4) iPods resgatam a esperança para pacientes com Alzheimer

Há muito tempo se sabe que a música ajuda a recuperar pacientes com Mal de Alzheimer. Um assistente social de Long Island, nos EUA, descobriu que o uso de aparelhos de MP3 em clínicas tem um efeito surpreendente: ao se personalizar as listas de reprodução de acordo com o perfil do paciente, os resultados são superiores aos já experimentados.

5) Aplicativo de smartphones auxilia pessoas desabrigadas

A Campanha 100 mil casas desenvolveu um aplicativo para smartphones que auxilia as pessoas desabrigadas. Apenas nos EUA, são mais de 500 mil pessoas que moram nas ruas.

O aplicativo conta com um questionário, que qualquer pessoa pode aplicar nos cidadãos de rua de sua região. Com essas informações, os trabalhadores da organização podem se preparar melhor para como lidar com a miséria e antecipar tendências pelo país.

6) Aplicativo impede que você mande mensagens enquanto dirige

Quem nunca ficou ansioso para responder uma SMS ou uma mensagem no Whatsapp enquanto dirige? Essa atitude é extremamente arriscada e pode causar acidentes.

Segundo o Mashable, um em cada quatro acidentes envolvem o uso indevido do telefone celular.

O aplicativo OneProtect impede que você digite mensagens enquanto dirige: com informações do GPS, sempre que você atinge uma determinada velocidade ele simplesmente trava o telefone. Um teste de atenção possibilita que eventuais passageiros possam interagir com seus gadgets – mas não o motorista.

7) Celulares ajudam o governo indiano a controlar seus funcionários da saúde

Apesar de oficialmente ter saúde universal, regiões rurais da Índia sofrem com a falta de médicos.

Em parte, isso se deve a profissionais que faltam com frequência – até em parte pela falta de controle público. Para combater isto, um sistema criado por uma associação sem fins lucrativos controla as ausências dos profissionais através de SMS. O sistema ainda mapeia regiões com situações mais problemáticas, possibilitando uma resposta adequada dos órgãos públicos.

8) Telefones celulares ajudam a controlar a evolução da Malária na África

A resposta imediata a casos de malária é fundamental para ações preventivas nas regiões mais suscetíveis.

Telas para camas e outras ações preventivas são instrumentos básicos para evitar surtos em regiões debilitadas, e os telefones celulares compartilhados (bastante comuns em regiões carentes do continente africano) têm sido usados para notificar instantaneamente os centros de saúde regionais e os ministérios da saúde.

9) Torneira portátil fornece água potável

Acesso a água potável é um problema recorrente no mundo em desenvolvimento.

Esta torneira portátil desenvolvida por membros do Centro de Arte da Faculdade de Design possibilita acesso a água potável sem riscos a pessoas que vivem com menos de US$10 por dia em regiões carentes.

O projeto se chama Balde a Balde, e você pode ver mais informações aqui.

10) Painéis de energia solar integram vítimas do furacão Sandy

Após a passagem do furacão Sandy pelos EUA várias regiões ficaram sem energia por um bom tempo.

Esse simpático caminhão da imagem possibilitou que pessoas – até então isoladas de parentes e amigos – se comunicassem com seus entes queridos.

11) Luva robótica detecta câncer de mama rapidamente

Essa luva aí em cima, chamada Med Sensation, pode ser estranha, mas seus sensores hipersensíveis ajudam a detectar rapidamente nódulos anormais em glândulas mamárias – ajudando no rápido combate ao câncer. Ela foi desenvolvida pela Universidade Singularity, e visa ajudar pessoas sem acesso a médicos.

12) Pneus usados poderiam ajudar a prevenir furacões

Um engenheiro da Universidade de Edimburgo patenteou a ideia que pode revolucionar a prevenção a acidentes naturais. O dispositivo revolucionário, chamado “Pia de Salter”, utilizaria pneus usados de carros suspensos por tubos no meio do oceano e levaria a água quente que forma os furacões para o fundo – impedindo que a temperatura subisse acima dos 26,5°C, necessários para a formação de furacões.

E aí, qual das ideias acima você achou mais interessante?

Bacana que a tecnologia pode ajudar o mundo, não é?

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Você é sustentável?

Não, não estou perguntando se você gasta menos do que ganha e consegue se sustentar sozinho.

A questão aqui é:  você tem utilizado os recursos disponíveis de forma a preservar o ambiente?

Começa hoje (e se estende até o dia 22/06), no Rio de Janeiro, a Rio+20, uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) em desenvolvimento sustentável. O objetivo desta conferência é ajudar na definição de uma agenda que promova o desenvolvimento sustentável nas próximas décadas, através do comprometimento dos líderes globais presentes. A Rio+20 terá dois temas principais: A economia verde no contexto de desenvolvimento sustentável e redução da pobreza e o Quadro institucional para o desenvolvimento sustentável.

Muito se fala que esta reunião vai flopar e que devemos sair dela sem nenhum resultado prático. Se isto vai acontecer ou não, porém, não me importa agora.

O que eu quero abordar aqui é a forma que cada um de nós se relaciona com o meio ambiente, e se temos tomado medidas de preservação que possibilitem o desenvolvimento sustentável.

A expressão “Think global, act local”, ou “Pense globalmente e aja localmente” pode parecer datada ou cliché, mas não é. Pequenas mudanças no seu dia a dia podem contribuir para a economia de recursos na Terra.

Vou abordar alguns tópicos que considero relevantes e hábitos fáceis de assumir para reduzir a destruição do planeta, ok?

1) RECICLAGEM

Hoje, não há mais desculpa para não separar o lixo, ao menos na grande maioria das grandes cidades brasileiras. Supermercados, shoppings, praças, parques – diversos lugares recebem o lixo separado para reciclagem. Isto reduz a necessidade de produção de mais plástico e vidro, por exemplo, que geram retirada de recursos da natureza. Fora que estes resíduos levam centenas de anos para se decompor – gerando poluição.

Algumas cidades, como Curitiba, possuem centrais de separação – você precisa apenas dizer o que é reciclável. Nestas centrais, é feita a separação. Além de contribuir com o meio ambiente, geram-se empregos! DOUBLE WIN!

2) ENERGIA

Aqui, além de preservar o planeta você pode economizar. Quanto tempo você passa no banho? Se você gosta de ficar pensando na vida, porque não troca a ducha por um parque ou um café para fazer isso?

Você já trocou as lâmpadas incandescentes por fluorescentes nos cômodos da sua casa? Se você sai de um cômodo, apaga a luz? Você usa ar condicionado com portas ou janelas abertas?

Você dá carona para alguém no caminho de casa para a faculdade/trabalho?

Pequenas ações como estas podem te ajudar a economizar bastante dinheiro e energia!

3) DESPERDÍCIO

Outra mudança de hábitos que pode te fazer economizar dinheiro: Quanto você desperdiça no dia a dia?

– Preste atenção ao tanto de comida que coloca no prato, evite colocar mais do que vai comer.

– Se você mora sozinho, não vale a pena comprar embalagens grandes, pois a chance de estragar antes de você consumir é grande. Evite também comprar alimentos com a data de validade próxima se você não sabe exatamente quando vai consumi-los.

– Para lavar o carro ou a calçada, você utiliza mangueira ou balde e esfregão?

– Evite comprar roupas que vai usar poucas vezes – talvez valha mais a pena ver se algum amigo pode te emprestar, ou mesmo alugar uma peça para esta cerimônia.

Com estas pequenas mudanças, você pode economizar e ajudar a salvar o planeta.

Se os líderes mundiais vão chegar a algum acordo na Rio+20, isto foge à minha alçada.

Mas podemos contribuir através de pequenas medidas como as que enumerei acima. Vamos mudar o mundo?

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Sobre ecochatos, grammar nazis e outros radicalismos bobos

Começo o texto com um excerto de um excelente artigo da Gazeta do Povo:

Tenho percebido recentemente um afã de muita gente que quer fazer algo para fazer o mundo melhor. Tenho amigos que abandonaram as sacolas plásticas. Outros que resgatam cães na rua e dão remédios, casa, comida e roupa lavada. Outros ainda que aderiram ao protocolo de Kyoto: só andam a pé, de ônibus ou de bicicleta.

O que me parece, no entanto, e conversando com mais gente descobri que não sou só eu, é que há uma certa confusão sobre o assunto: como se essas coisas, simplesmente, resolvessem um problema. Como se por aderir a várias (ou normalmente a uma só delas) você se transformasse em alguém melhor.

Em alguns casos, a causa vira mesmo algo mais forte, e quem não adere, não concorda, vira proscrito para os adeptos. Como se toda a bondade do mundo dependesse de você ser “um de nós”, de tomar “o caminho da verdade”. E, se não, você ainda é alguém que não viu a luz. Em suma, uma boa causa vira radicalismo.

Concordo plenamente com Rogério Galindo, responsável pelo texto acima, e sugiro a leitura do texto na íntegra.

A ansiedade, o estresse, o inconformismo, a tentativa de ser ouvido, não importa, diversos motivos fazem com que as pessoas tenham reações extremadas com alguns problemas do mundo. Multiplicam-se os posts no facebook equivalentes às antigas correntes, que para cada pessoa que curtir alguma empresa doará dez centavos à cura do câncer, ao fim da fome na África ou aos animais abandonados.

Impressora verde não utiliza tinta e o papel pode ser reutilizado até mil vezes. Mas custa mais de dez mil reais. Vale a pena?

O mesmo pode ser visto até mesmo em assuntos como a legalidade do casamento de homossexuais, por exemplo. Pessoas favoráveis e contrárias inflamam o debate, e o cerne da questão passa para um segundo plano. Será que é preciso mesmo tanto barulho? Ou como uma frase que vi estes dias: Se você é contra o casamento gay, é só não se casar com ninguém do mesmo sexo… (mantenham o bom humor e leiam o meu texto sobre os riscos de unir política e religião).

Às vezes, é preciso ponderar a importância de causar reboliço em torno do assunto que você quer defender. E se houver alguém contrário, será que não vale mais a pena respeitar aquela pessoa e usar outros argumentos ou procurar outros meios de atingir o seu resultado?

Outra coisa: erros de português. Nossa língua é difícil, as pessoas são desatentas, o ensino de base é deficiente e os erros se multiplicam nas redes sociais. Mas gritar com todos que escrevem “concerteza” ou não sabem a diferença entre mas e mais vai tornar o mundo um lugar melhor? Provavelmente não.

O que eu quero dizer é que não é porque alguém não adere à sua causa que esta pessoa deve ser expulsa do seu convívio social. Da mesma forma, é preciso ser compreensivo e paciente. Como Galindo disse em seu texto: E se alguém usa carro porque tem problemas de equilíbrio na bicicleta? Ou se simplesmente não gosta de cachorros. Ou se tem um dia tão corrido que não consegue parar para pensar em comprar sacolinhas verdes, ou seja lá como se chame. Ou se a pessoa simplesmente não estiver com vontade de aderir, quiser seguir outros princípios?

Gostaria de terminar este post com um pequeno trecho da entrevista incrível concedida pelo filósofo, matemático e crítico sócio-cultural Bertrand Russell em 1959.  Para assisti-la na integra, clique aqui. Como ele diz, nunca se deixe enganar por aquilo que você acha ser o certo para todos; e se queremos viver em harmonia, precisamos aprender a ser tolerantes.

PS: Não me coloco aqui como dono da verdade. Acho que, a medida que vocês me conhecem melhor, percebem que eu erro bastante. O mais importante, porém, é ter a elegância e a humildade de pedir perdão. E ao falar especialmente de grammar nazis, ou obcecados pelo português escrito (ao menos parcialmente) de forma correta nas redes sociais e na blogosfera, estou apontando o dedo contra mim mesmo. Mas estou tentando melhorar…

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