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Não sabe em quem votar nas próximas eleições? Este site ajuda você!

Eleição para cargos legislativos é um sofrimento para muitos eleitores. A falta de informação ou até o desconhecimento das funções de um vereador fazem com que muitos cidadãos fiquem completamente perdidos antes de ir às urnas.

Para ajudá-lo nessa decisão, nasceu o Repolítica em 2010. Este site faz um comparativo entre o perfil dos candidatos e o seu, com base em algumas respostas a temas-chave. Neste ano, o site está ainda mais completo.

De acordo com o Terra:

Para as eleições 2012 uma das principais novidades é que, além de ideologia, o site compara as prioridades do político para a cidade – saúde, infraestrutura, desenvolvimento – e os projetos específicos em cada município. Assim, em São Paulo o sistema traz uma questão sobre a regulação dos motoboys e outra sobre a parada Gay na avenida Paulista; no Rio de Janeiro, sobre a derrubada da Perimetral e o cercamento das favelas; em Porto Alegre, sobre a revitalização da Orla do Guaíba, por exemplo.

“Você quer votar em um liberal, de direita, que prioriza saúde e educação e é a favor das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora), digamos. O sistema busca todos os candidatos e avalia qual possui a maior quantidade de características como as que você inseriu”, resume Daniel Veloso, responsável pelo planejamento do site. Ele conta que o levantamento dos projetos municipais começou pela equipe própria do Repolítica, mas também recebe sugestões dos usuários. “As perguntas são abertas, a gente vai incluir novas até a última semana deeleição”, explica.

Fiz o teste com o cargo de prefeito da minha cidade, Curitiba, e ele colocou na ordem correta meus dois candidatos favoritos. Ele também me ajudou a conhecer alguns candidatos interessantes para vereador.

Você também pode ajudar a construir o perfil dos candidatos, opinar e, com isto, auxiliar o site.

Entre já!

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A economia para, e o governo só atrapalha… Brasil, a República das Bananas.

O IBGE divulgou nesta manhã:

O PIB teve variação positiva de 0,2% na comparação com o quarto trimestre de 2011. Indústria (1,7%) e serviços (0,6%) se expandiram, mas a agropecuária caiu 7,3%. O crescimento da indústria foi puxado pela indústria de transformação, que cresceu 1,9%. Construção civil e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana também registraram crescimento de 1,5% em relação ao trimestre anterior. Já a extrativa mineral recuou 0,5%.
No setor de serviços, as atividades de administração, saúde e educação pública (1,8%), comércio (1,3%) e transporte, armazenagem e correio (0,9%) cresceram. Serviços de informação aumentaram 0,6%, enquanto outros serviços (0,2%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,1%) mantiveram-se estáveis. Intermediação financeira e seguros recuou 0,8%.
Sob a ótica do gasto, o consumo da administração pública (1,5%) e o consumo das famílias (1,0%) subiram, enquanto que a formação bruta de capital fixo caiu 1,8%.
No que se refere ao setor externo, as importações de bens e serviços cresceram em ritmo superior ao das exportações: 1,1% contra 0,2%.

Abaixo a imagem bonitinha publicada pela Folha.

Pois bem, vamos analisar. O PIB surpreendeu para baixo devido a uma queda mais forte da Agropecuária. Isto não é importante, porque este setor é volátil e, assim como caiu rapidamente agora, consegue se reerguer com certa facilidade. O clima doido dos primeiros meses do ano (seca no nordeste e no sul, principalmente) derrubou a produtividade do setor.

Vamos olhar o que realmente é importante.

No comparativo com o primeiro trimestre de 2011, enquanto os consumos do governo e das famílias subiram 3,4% e 2,5% respectivamente, o investimento caiu 2,1%. Ou seja, pelo lado da demanda, a economia continua vendendo, mas as empresas reduziram o investimento por menor confiança no futuro.

A indústria cresceu 1,7% no comparativo com o trimestre anterior (na análise dessazonalizada*) e foi o setor mais representativo. No interanual, ela ficou praticamente estável (+0,1%). Porém, olhando pormenorizadamente, notamos que a indústria de transformação caiu 2,6%, enquanto a extrativa mineral subiu 2,2% e a construção civil, 3,3%.

(*dessazonalizado: sem os efeitos sazonais, ou seja, típicos daquele período do ano. Em todo natal o comércio aquece, por exemplo, e é importante tirar estes efeitos – ou seja, dessazonalizar – para evitar análises erradas).

Tanto número pode confundir… Mas vamos analisar.

O governo reduziu o IPI do setor automotivo, mas nada fez pela indústria farmacêutica, por exemplo, que caiu 11,4% em um ano. Como Carlos Sardenberg lembrou ontem no Jornal da Globo, o governo tira imposto de um lado e coloca do outro, e penaliza cada dia mais o contribuinte. Nos primeiros quatro meses deste ano, os gastos do governo subiram 13,1% – enquanto a receita de impostos subiu 12,5%. OU SEJA: além de aumentar a (já criminosamente alta) carga tributária, o aumento nos gastos é tão grande que é preciso aumentar o endividamento.

PIOR: não se tem aumentado o investimento em infra-estrutura. Vendem-se mais carros, mas sem estradas apropriadas. Facilita-se o crédito para o consumo, sendo que as famílias brasileiras já estão atoladas em dívidas.

Simplificando: o governo está governando para ganhar voto, aumentando gastos de forma discriminada mirando o eleitor. Pouco se faz pelo Estado, e as reformas necessárias para dinamizar a economia ficam para escanteio. E sim, acho apropriada a metáfora futebolística, dada que a política do pão e circo corre solta na República das Bananas…

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A cruz de Hollande

Hoje temos, direto de Paris, a colaboração da Aline Marsicano Figueiredo, internacionalista e pós-graduanda pela Science Po, a mais importante e renomada universidade francesa. As fotos são de Danilo Fernandes.


Finda a disputa ferrenha com Sarkozy, François Hollande não deve perder tempo com comemorações, mas preparar-se para agir nas próximas reuniões – G8, OTAN e encontros com líderes políticos – contra a crise econômica mundial. Conhecido por ficar em cima do muro, Hollande precisará de mais do que “cautela” para lidar com os problemas econômicos de uma Europa em pandarecos. Será que ele tem pulso firme para isso?

Externamente, a aliança com Angela Merkel permanecerá essencial em qualquer cenário vindouro, visto que a Alemanha tem se mantido relativamente estável em meio à crise. A dupla “Merkozy” esforçou-se em implementar sua agenda conjunta de austeridade liberal e agora dá lugar ao consórcio “Homer” (!), que precisa lidar com perspectivas diferentes e com o fim de um projeto convergente, mas fracassado.

Apesar da importância da zona euro para a Alemanha, sua postura tem sido a de não financiar países endividados fora de uma certa zona de conforto, o que, se por um lado poderia ser encarado como uma medida coerente com os paradigmas liberais que adota, por outro, não o seria com relação à própria história da UE, que permitiu a entrada de países que não preenchiam requisitos formais de entrada tais como déficit orçamentário abaixo de 3% do PIB, dívida pública abaixo de 60% do PIB etc. A Grécia, por exemplo, tinha uma dívida acima de 190 % e a própria Alemanha não atendia todos os critérios.

Apesar de ter participado dos benefícios da construção da zona euro, a Alemanha não quer se responsabilizar pelos danos. Angela Merkel tem resistido às pressões, sem recuar em sua postura ortodoxa, anunciando, um dia após a vitória de Hollande, que não renegociaria o pacto fiscal europeu sobre disciplina orçamentária se isso significasse promover crescimento por medidas que aumentem os níveis de dívidas.

Resta saber como Hollande trabalhará com Merkel para entrar em um acordo sobre esse caso em particular ou se a postura igualitária do novo presidente ficará restrita às fronteiras nacionais.

Enquanto o eixo França-Alemanha decide seu futuro, outros países ressentem os efeitos da crise e temem novos arranjo políticos. A Grécia já é passado, Espanha e Itália estão em chamas e os pacotes de medidas ortodoxas não têm surtido efeito algum. O pessimismo é contagiante e, para a Grã-Bretanha, após seis meses de crescimento negativo, o tom alarmista é flagrante, inclusive no que concerne às propostas de Hollande,  consideradas até mesmo perigosas segundo o artigo da Economist.

Era de se esperar que o medo do socialismo fosse uma coisa anacrônica deixada naqueles tempos de Guerra Fria, mas, mesmo restrito ao nome do partido, o socialismo de Hollande – que propõe nada além de algum nível de redistribuição e de propostas de crescimento econômico com ajuda do Estado – parece chocar os líderes europeus.

Como Keynesianinha, não posso deixar de pensar nos erros estratégicos desses pacotes quando a Europa parece precisar tão desesperadamente de crescimento. Os níveis de desemprego são alarmantes e evidentemente a armadilha crescimento-financiado-pelo-Estado-que-gera-inflação é um perigo, mas a história alemã não pode limitar as soluções a medidas puramente ortodoxas que vão, além de não atingir os resultados adequados, alimentar as paixões de grupos extremistas que têm se fortalecido imensamente desde o começo da crise.

No âmbito interno, as preocupações ultrapassam os limites do social e atingem, inclusive, a própria definição de nação francesa.

As comemorações na Bastilha foram marcadas por alegria, esperança e bandeiras de inúmeros lugares, revelando não apenas a importância dos imigrantes e de seus problemas para a França, mas também uma certa defasagem entre o entusiasmo da multidão e o discurso contido do candidato eleito. A eleição de François Hollande, além de abrir caminho para novas possíveis soluções para a crise, demonstra a posição do povo francês com relação ao nacionalismo exacerbado, que, embora tenha atraído muitos eleitores, não pôde e nem deve prevalecer como resposta à crise; mas ainda há muito por vir.

Com a proposta de legalizar imigrantes na França, Hollande busca conciliar o pesado Estado francês e a massa de trabalhadores ao mesmo tempo necessários e demasiadamente caros. Se, por um lado, Sarkozy era extremamente claro em sua proposta de fortalecer as fronteiras francesas ao ponto de ser acusado de nazista, por outro, Hollande parece um pouco confortável demais com suas propostas de legalização de imigrantes, que ele espera financiar com uma pesada reforma fiscal. Certamente, seus assessores já fizeram os cálculos, e é bem verdade que, sem o trabalho dos imigrantes, a França não poderá crescer; contudo, algumas benesses do Estado francês, ainda que bem intencionadas, não podem se sustentar a longo prazo, notadamente com o súbito aumento populacional em termos formais. O eterno debate acerca do bem-estar social da população ganha novas dimensões com os fluxos de imigrantes e o governo francês precisará fazer alguns ajustes que não serão, necessariamente, populares.

Os votos dos jovens e da classe trabalhadora, que antes pertenciam à Sarkozy, em 2007, agora pertencem a François Hollande. Sarkozy, face à crise, recrudesceu seu discurso nacionalista, polarizando o debate político. A população francesa, por uma margem pequena, foi capaz de resistir à tentação de reforçar suas fronteiras e fechar-se para o mundo e, agora, François Hollande carrega, além das responsabilidades de qualquer presidente, o peso de impedir o fortalecimento do extremismo.

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A esquerda sobe ao poder na França, mas… o que muda?

Neste último domingo, o candidato socialista à presidência da França, François Hollande, foi eleito o mais novo líder da 5a maior economia do globo. Em uma disputa apertada (até o fechamento desta “edição/post”, as contagens ainda não haviam sido concluídas), a esquerda limou do poder o candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy. Esta foi apenas a segunda vez na quinta república que um candidato a reeleição não conseguiu o feito (o anterior foi Valery Giscard; não considerei a tentativa de Alain Poher que foi candidato após a presidência interina, que durou 3 meses em 1969).

Mas vocês devem querer saber: O que muda com isso?

Povo francês lota as ruas de Paris. (foto por Marcel Badan)

Antes de responder a essa pergunta, vamos dar uma olhada quem é François Hollande:

– Primeiro-secretário do partido socialista por doze anos, ao qual se juntou em aos 25 anos. Atualmente, tem 58.

– Foi escolhido candidato ao ganhar as primárias do partido, após o escândalo sexual do então presidente do FMI, Strauss-Kahn, favorito à eleição naquele momento.

– Entre os pontos de seu programa estão a criação de uma agência europeia para regulamentar o sistema financeiro, a redução do uso da energia nuclear de 75% para 50% na produção energética nacional, a construção de 500 mil moradias por ano e a regularização de imigrantes ilegais com base em critérios objetivos (emprego, moradia e tempo de residência na França).*

Ao contrário da revista britânica The Economist, acho pouco provável que a eleição de Hollande fará um grande estrago às economias francesa e europeia. Antes de opinar, confiram alguns trechos do ponto de vista da TE:

With a Socialist president, France would get one big thing right. Mr Hollande opposes the harsh German-enforced fiscal tightening which is strangling the euro zone’s chances of recovery. But he is doing this for the wrong reasons—and he looks likely to get so much else wrong that the prosperity of France (and the euro zone) would be at risk.

France desperately needs reform. Public debt is high and rising, the government has not run a surplus in over 35 years, the banks are undercapitalised, unemployment is persistent and corrosive and, at 56% of GDP, the French state is the biggest of any euro country.

Mr Hollande’s programme seems a very poor answer to all this—especially given that France’s neighbours have been undergoing genuine reforms. He talks a lot about social justice, but barely at all about the need to create wealth. Although he pledges to cut the budget deficit, he plans to do so by raising taxes, not cutting spending. Mr Hollande has promised to hire 60,000 new teachers. By his own calculations, his proposals would splurge an extra €20 billion over five years. The state would grow even bigger.

Optimists retort that compared with the French Socialist Party, Mr Hollande is a moderate who worked with both François Mitterrand, the only previous French Socialist president in the Fifth Republic, and Jacques Delors, Mitterrand’s finance minister before he became president of the European Commission. He led the party during the 1997-2002 premiership of Lionel Jospin, who was often more reformist than the Gaullist president, Jacques Chirac. They dismiss as symbolic Mr Hollande’s flashy promises to impose a 75% top income-tax rate and to reverse Mr Sarkozy’s rise in the pension age from 60 to 62, arguing that the 75% would affect almost nobody and the pension rollback would benefit very few. They see a pragmatist who will be corralled into good behaviour by Germany and by investors worried about France’s creditworthiness.

If so, no one would be happier than this newspaper. But it seems very optimistic to presume that somehow, despite what he has said, despite even what he intends, Mr Hollande will end up doing the right thing. Mr Hollande evinces a deep anti-business attitude. He will also be hamstrung by his own unreformed Socialist Party and steered by an electorate that has not yet heard the case for reform, least of all from him. Nothing in the past few months, or in his long career as a party fixer, suggests that Mr Hollande is brave enough to rip up his manifesto and change France (see article). And France is in a much more fragile state than when Mitterand conducted his Socialist experiment in 1981-83. This time the response of the markets could be brutal—and hurt France’s neighbours too.

 

Não acho que Hollande seja tão extremista quanto a The Economist coloca, ainda que a revista tenha suas ressalvas. Mas mesmo que fosse, não acho que ele teria liberdade para isto.

Ao contrário do que os britânicos temem, a França não se desalinhará totalmente da Alemanha devido a esta vitória. Berlim já vinha se aproximando dos comunistas nas últimas semanas com os prognósticos de vitória. Do outro lado, Hollande já amenizava seu discurso paulatinamente, evitando um confronto mais árduo com Angela Merkel, chanceler alemã. Algo próximo a um acordo na área fiscal já vem sendo desenhado no backstage da Zona do Euro. Importante relembrar que a Alemanha também passará por eleições no próximo ano e, se Merkel sonha com a reeleição, precisa se preocupar com o público interno. Isto, claro, não necessariamente vem de encontro aos objetivos de longo prazo da região, mas converge com o discurso de Hollande.

Ao contrário do que os mais pessimistas afirmam, não acho que a França seguirá o caminho das trevas dos países periféricos da Zona Euro, tampouco que seu risco-país descolará drasticamente do alemão, inviabilizando o refinanciamento de sua (crescente) dívida pública.

Porém, de tudo isto se tirará uma experiência muito interessante para a história: um grande confronto ideológico entre socialismo e social-democracia se delineia, e boas conclusões poderão surgir com o passar dos anos. Para os economistas, um prato cheio. Para os franceses, só o tempo dirá…

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Governar ou (re)eleger, eis a questão

Do UOL Eleições:

Ano de eleição municipal e a situação se repete em várias cidades do Brasil: de olho nas urnas, políticos lançam ou apressam obras que, em muitos casos, estavam paradas ou cujos cronogramas previam outras datas de inauguração, para não mencionar a necessidade ou a prioridade de algumas dessas obras. São ruas com trechos interdidados, praças fechadas, recapeamentos de vias, calçadas onde a passagem de pedestres se torna quase impossível e outras variedades. Alguns municípios viram verdadeiros “canteiros de obras” nesta época. Pela legislação eleitoral, candidatos à eleição só podem participar de inaugurações de obras até o dia 7 de julho.

A prática de concentrar inaugurações de obras em anos eleitorais é recorrente no país e ruim para a gestão pública, avalia o professor do Departamento de Gestão Pública da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Marco Antonio Teixeira.

“É muito comum os governantes do Brasil fazerem isso. Deixarem seu pacote de investimentos para o ano eleitoral, exatamente para aumentar a sua popularidade para ter condições de se reeleger ou de fazer o seu próprio sucessor”, diz.

O Brasil vive em 2012 uma cena que infelizmente se repete a cada biênio: a multiplicação de obras (ou inaugurações) por todos os lados, para “mostrar serviço”. Mostrar à sociedade (a.k.a aos eleitores) que aquela gestão foi benéfica à cidade/estado/país. E este comportamento não é exclusividade de uma ou outra denominação partidária. Poucos são os políticos brasileiros que não se rendem à utilização do dinheiro público para fins privados: a reeleição, ou a eleição de um sucessor indicado.

Obras em São Paulo

Como o professor Teixeira bem apontou no excerto acima, isto é prejudicial à gestão pública. Isto ocorre porque a aceleração nos gastos nem sempre consegue ser rapidamente revertida no ano seguinte, o que faz o peso do Estado na economia aumentar.

Com o Estado maior, maiores as ineficiências na gestão pública, e maiores os encargos sobre os contribuintes. Traduzindo, para que os políticos possam se manter no poder, famílias e empresas precisam pagar cada vez mais impostos (ou não é possível reduzi-los).

Não é a toa que nos aproximamos de uma sinuca de bico na política nacional. Mesmo com a inflação ainda elevada, o Banco Central reduziu os juros (e prometeu reduzir ainda mais, provavelmente para 9% ao ano). Que chovam elevantes sobre a minha cabeça se isto não teve um caráter eleitoral. Pode até ter influência de outros fatores, mas o principal objetivo da instituição com tal atitude é aquecer (ainda  que minimamente) a economia em um ano eleitoral, para que todos fiquem felizes com a situação atual.

É uma pena que tantos políticos brasileiros sejam tão viciados em poder, e não implementem reformas de base (reforma política, tributária, previdenciária, trabalhista) que tornem a economia brasileira menos burocrática e mais dinâmica. Aí sim, seria possível crescer 6-8% ao ano com inflação controlada. Porém, o que devemos ver é um crescimento de 3,5-4% com inflação encostando novamente no teto da meta.

Quem sofre é o cidadão.

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