Os brasileiros nunca viajaram tanto, dentro e fora do Brasil.
E gastam bem. Segundo o departamento de comércio dos EUA, o brasileiro é o terceiro que mais gasta quando está nas terras do Tio Sam, apenas atrás de britânicos e japoneses. Desde 2003, nossos dispêndios por lá cresceram surpreendentes 250%.
E todos esses gastos fizeram com que 2012 tenha sido o ano em que o déficit na conta de viagens internacionais tenha batido recorde em 2012: US$15,6 bilhões. Enquanto nossos gastos no exterior foram de US$22,2 bi, estrangeiros visitando o Brasil gastaram US$ 6,6 bi. Da Folha:
Para 2013, a autoridade monetária brasileira espera uma saída ainda maior de dólares por esse canal (US$ 16,3 bilhões).
“O que contribuiu para esse recorde [de gastos de brasileiros lá fora] foi o crescimento da renda, da massa salarial real, que vem crescendo em média 6%. Isso motiva, naturalmente, as despesas com viagens”, disse o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel.
Em dezembro, houve aumento de 12% nos gastos dos brasileiros e redução de 11,4% nas despesas de turistas na comparação com dezembro de 2011, o que resultou em um saldo negativo de US$ 1,4 bilhão no mês.
O Banco Central informou que a participação do uso do cartão de crédito para pagar as despesas no exterior diminuiu de 60% para 55% entre 2011 e 2012.
A justificativa para a redução está na cobrança do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras). Segundo o BC, a taxa –atualmente em 6,38%– incentiva o pagamento das compras no exterior dinheiro.
Desde 2011, o governo elevou de 2,38% para 6,38% a incidência do imposto para as compras feitas com cartão para frear o consumo de brasileiros no exterior –em 2010, o gasto também havia batido recorde, com US$ 16,4 bilhões.
Seguindo essa tendência, viajarei na próxima semana para defender minha dissertação de mestrado (torçam por mim!) e só volto depois do carnaval. Mas o Economistinha não vai ficar abandonado: já preparei alguns posts e o Johnatan vai me dar uma mão. Fiquem atentos!