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Pensando em financiar um imóvel? Entenda todos os custos dessa operação.

Se você está pensando em comprar um imóvel, é bem provável que tenha considerado financiar ao menos uma parte do valor total. A queda vertiginosa das taxas de juros (capitaneadas pelos bancos estatais e seguida pelos privados) tornou isso ainda mais fácil, mas é preciso atenção ao escolher a instituição financeira em que vai financiar seu imóvel dos sonhos.

O imóvel dos seus sonhos pode parecer ao alcance das suas mãos com as promessas de juros baixos… mas preste atenção às demais taxas!

Devido a Resolução 3517 de 2007 do Banco Central do Brasil, as instituições financeiras concedentes de empréstimos para financiamento imobiliário são obrigadas a informar o CET – Custo Efetivo Total – da operação. Isto é, além da taxa de juros, é preciso calcular o percentual de aumento anual efetivo da dívida. Entenda melhor no site do Bacen.

Além da Taxa de juros, outros valores entram na conta do CET. Veja abaixo:

Há dois tipos de seguros:

– MIP (Morte ou Invalidez Permanente)

– DFI (Danos Físicos ao Imóvel)

Além disto, há as seguintes tarifas:

– Administração mensal

– Análise jurídica

– Emissão do contrato

Segundo o especialista em crédito imobiliário Marcelo Prata, em entrevista à Folha, geralmente estes custos acrescentam de 1-1,5 pontos percentuais à taxa de juros anual. Ou seja: se o banco ou financeira promete juros de 9% ao ano no seu financiamento, você provavelmente pagará efetivamente 10-10,5% de CET.

Portanto, fique atento a este número e boa mudança!

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Brasil vive bolha nos preços de imóveis, aponta estudo do IPEA

“Irrealista e insustentável.” Esta é a situação dos preços de imóveis no Brasil, de acordo com os economistas do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), Mário Jorge Mendonça e Adolfo Sachsida.

A Folha de São Paulo apontou como sintoma que os preços de imóveis no Rio de Janeiro subiram 165% desde fevereiro de 2008; em São Paulo, a alta foi de 132%. A inflação ao consumidor neste período foi de 25%.

Tradicionalmente, bolhas de preços são infladas pelo crescimento acelerado da oferta de crédito.

Esse crescimento aconteceu no setor habitacional brasileiro -com o impulso, enfatiza o estudo, de programas, incentivos e obras do governo federal.

“A insistência do governo em aquecer ainda mais um mercado imobiliário já aquecido só tende a piorar o resultado final”, diz o texto.

Entre os exemplos citados estão, além dos juros favorecidos para o setor imobiliário, o programa Minha Casa, Minha Vida e os empreendimentos vinculados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.

Vinculado à Presidência da República, o Ipea não endossa essas conclusões. Em seu boletim “Conjuntura em Foco”, o órgão argumenta que o volume de crédito no país ainda está muito longe dos 65% do Produto Interno Bruto contabilizados nos EUA.

Mas o próprio boletim mostra a rapidez da expansão dos financiamentos habitacionais brasileiros, que saltaram de 1,5%, em 2007, para mais de 5,5% do PIB neste ano.

Mendonça e Sachsida afirmam que, a partir do agravamento da crise internacional, no final de 2008, o crédito imobiliário tem crescido em ritmo superior ao do destinado a outros setores, especialmente nos bancos públicos.

Antes, a ampliação do crédito era puxada por bancos privados e privilegiava os setores industrial, rural, comercial e empréstimos diretos a pessoas físicas.

Segundo o estudo, a escalada dos preços dos imóveis tende a ser interrompida ou revertida com a alta dos juros, o que é esperado com a retomada do crescimento econômico e, mais ainda, com uma alta futura das taxas internacionais.

O texto diz que os efeitos de uma eventual crise no mercado imobiliário brasileiro não serão catastróficos como os do estouro da bolha americana, ponto de partida da crise global. “Contudo, não serão desprezíveis.”

 

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São Paulo é a 7a cidade onde é mais caro se alugar um escritório, à frente de Nova York

Segundo a The Economist, São Paulo é a sétima cidade onde é mais caro se alugar um escritório, em uma lista com as cidades mais importantes do planeta. Há um ano, a maior cidade do Brasil ocupava a oitava posição neste ranking.

Em 2011, o metro quadrado médio de um escritório em São Paulo custava aproximadamente US$ 600, e hoje passa de US$ 800. Por outro lado, o ritmo de crescimento dos preços diminuiu em relação ao ano anterior.

A taxa de desocupação subiu: se há um ano apenas 6% dos imóveis deste tipo estavam vazios, hoje são 11,9%.

A cidade mais cara do mundo é Londres, que ultrapassou Hong Kong – agora na segunda posição. Enquanto os preços dos imóveis na cidade chinesa caíram quase 12%, na capital britânica eles se mantiveram praticamente constantes em US$ 1.700 o metro quadrado.

O grande destaque da lista foi Pequim, onde o aluguel médio disparou 45%, levando a cidade à sexta posição. Por outro lado, quatro cidades da Zona do Euro amargaram desvalorização média de 11%. Ainda assim, Paris é a 4a cidade da lista, logo atrás de Moscou.

Veja abaixo a lista completa:

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Preços de imóveis podem despencar depois de 2014, diz professor da FGV

Segundo o professor Damy Dana, da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, os preços de imóveis podem ter uma desvalorização forte após a Copa do Mundo de 2014.

Pensando em comprar um imóvel? Segundo Dana, talvez seja melhor esperar alguns anos.

Do UOL Economia:

O professor estima que os preços de alguns imóveis nas 12 cidades-sede podem despencar até 50% depois do evento esportivo, principalmente, na cidade de São Paulo. “Sem dúvida, os preços dos imóveis residenciais, mais novos e localizados nas regiões centrais de São Paulo vão cair mais”, destaca.

Algumas regiões vêm recebendo pesados investimentos em infraestrutura, o que, por consequência, valorizaria os preços dos imóveis. Além disso, há quem pense em lucrar com o aluguel de residências para turistas durante o evento.

A demanda por imóveis e por alugueis, de fato, existe, mas Dana defende que os patamares atuais de preços parecem infundados e muito acima do limite razoável.

“Os brasileiros acreditam que todos os problemas de infraestrutura, saúde e segurança do País serão resolvidos nos próximos dois anos, o que valorizaria todos os imóveis”, afirma o professor. “Os preços seguem um sonho, uma crença, não a realidade.”

E não é somente a ilusão vinculada ao evento que deve puxar os preços para baixo, na opinião de Dana. Como o crédito imobiliário foi dado com mais intensidade entre 2009 e 2010, o ano da Copa pode marcar um período de grande inadimplência no setor.

“Os imóveis começam a ser entregues, surgem outros custos, a pessoa se enforca e fica inadimplente”, explica o professor. Isso, de acordo com ele, desencadearia uma onda de venda de imóveis, contribuindo para derrubar os preços.

Por conta deste cenário, para o professor, os imóveis não são um bom investimento neste momento. “Quem for comprar para vender, vai perder dinheiro depois da Copa”, acredita.

Como o dono do imóvel não quer perder dinheiro com o negócio, no primeiro momento, ele não reduzirá o preço, mas o problema, segundo Dana, é que o comprador também não vai querer pagar. Conclusão: não há negócio.

“O primeiro sinal não é a diminuição dos preços, mas do número de negócios. A queda é um processo que demora um pouco mais para começar, mas à medida que mais pessoas querem vender, e menos querem comprar, os preços vão caindo”, diz.

Como o professor lembrou no final da entrevista ao UOL Economia, o primeiro sintoma do esgotamento na elevação dos preços é a diminuição no número de negócios. Quem tem mais de um imóvel dificilmente quererá “torrar” seu ativo.

Isso deve aumentar o número de apartamentos para alugar, freando a escalada nestas negociações.

Os primeiros a reduzir os preços, caso este cenário se confirme, serão as pessoas muito endividadas ou as construtoras e incorporadoras. Mas não se iluda: dificilmente a redução será rápida ou expressiva, como Dana sugeriu. E os imóveis mais disputados não devem se desvalorizar (próximos à av. Paulista, em SP, no Batel e no Mossunguê, em Curitiba, ou em Ipanema, no Rio).

Saiba mais sobre compra de imóveis aqui.

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Aprenda a investir

Na última semana, aprendemos aqui no Economistinha como organizar suas finanças pessoais em dois passos, através da fotografia do que você costuma gastar e do controle dos seus gastos correntes. Como vocês devem se lembrar, a ideia é que, todos os meses, você gaste menos do que recebe e, com isto, sobrará dinheiro para investir. Porém, uma pergunta recorrente é: como devo investir?

Esta é uma pergunta sem uma resposta única, pois todas as formas de investimento possuem suas vantagens e desvantagens. Para tomar esta decisão, é preciso ter em conta diversos fatores, que podem auxiliá-lo a escolher a sua cesta de investimentos.

Menciono cesta de investimentos porque, como todos sabem, é perigoso colocar todos os ovos em uma cesta só. É preciso ter atenção e sabedoria na hora de decidir como investir, para evitar arrependimentos posteriormente.

 

1) Objetivo e Prazo

Antes de investir, é preciso saber qual o seu objetivo com este investimento. Você quer comprar uma casa? Um carro novo? Uma viagem para o exterior? Pagar sua pós-graduação? Ou simplesmente garantir uma poupança para possíveis emergências?

Tendo isto em mãos, é importante também saber o prazo pelo qual pretende investir: alguns meses? Um ano? Dois, três, cinco anos? Eu prefiro pensar neste número como o saldo final da conta, mas nem sempre é assim. Isto porque prefiro pensar que a quantidade disponível para investir é derivada dos seus gastos correntes e de seus planos, e não o contrário. Porém, se o prazo é determinado externamente (se você não tem como controlá-lo), talvez tenha que sacrificar quanto gasta por mês. Vamos olhar os exemplos?

Exemplo 1: Viagem ao exterior

Quantia economizada por mês: 500 reais.

Custo da viagem: 7000 reais.

Taxa de retorno esperada dos investimentos: 0,6% ao mês

Tempo de retorno: 13,48

Considerando que se economize, portanto, por 14 meses, você terá R$ 279,66 extras para gastar! Se você tivesse comprado a mesma viagem em parcelas fixas com taxa de juros de 2% ao mês, você teria gasto quase R$ 8000 nesta compra.

Exemplo 2: Curso de especialização

Custo: 10000 reais.

Início do curso: jan/2013 (em 8 meses)

Tx de retorno dos investimentos: 0,7% ao mês

Economia mensal programada: 1000 reais

Economia mensal necessária: R$1219,70

Neste caso, como o curso começa em janeiro de 2013, não há muita escapatória. Ou você tem o dinheiro até lá, ou não poderá participar. Desejava-se economizar apena R$1000 por mês, mas será necessário fazer um esforço adicional de R$250 para garantir que se consiga toda a quantia. Será necessário um rearranjo dos gastos mensais para garantir que se consiga este esforço adicional.

2) Perfil do investidor

Mesmo que o investimento seja de longo prazo, há pessoas que morrem de medo de investir em bolsa de valores, por exemplo. Outras pessoas são ávidas por liquidez e, mesmo que tenham o capital disponível, dificilmente investiriam em imóveis. É preciso ter em conta todos estes fatores na hora de tomar a decisão de como investir. Tente refletir e descobrir como você lida com o risco, se você precisa de liquidez diária, semanal, mensal ou talvez não faça questão de liquidez, se você gosta de se manter atento aos seus investimentos ou prefere não precisar dar atenção a eles, entre outros fatores que podem influenciar o seu perfil de investidor.

Estes foram os primeiros passos para que você possa tomar as decisões corretas de como investir o seu dinheiro. Amanhã apresentaremos algumas opções de investimentos para você, com suas principais vantagens e desvantagens e, a partir da próxima semana, traremos entrevistas com pessoas normais, como você, explicando o seu perfil como investidor, suas preferências e dividindo conosco suas experiências com os investimentos até hoje. Fiquem atentos!

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