O Brasil hoje tem quase um milhão de orelhões em todo o país e, ainda que o número tenha caído constantemente ao longo dos últimos anos, estes telefones públicos ainda são bastante importantes no país.

Com a popularização dos telefones celulares, os orelhões começaram a perder importância. Para não se tornarem obsoletos, estes símbolos urbanos podem se reinventar, e é isso que está acontecendo.
Em Nova York, como veiculou o Jornal da Globo, já começaram a se espalhar pela cidade telefones públicos que também oferecem internet grátis em alta velocidade para todos. Veja o vídeo neste link.
No Brasil, a Veja veiculou que um sistema parecido, só que com tecnologia nacional, já está em testes:
“Hoje em dia, usa-se menos os telefones públicos, mas ainda se usa. Não podemos esquecer que essa é a forma de comunicação mais barata que existe. Mas claro que, com a popularização do celular, deixou de ser prático usar um orelhão, principalmente pela falta de manutenção e pelo vandalismo constante”, avalia a conselheira da Anatel Emília Maria Silva Ribeiro Curi. Baseada nisso, a proposta da agência é mudar a cara dos orelhões, seja por meio de obras de arte – como fez a Vivo em São Paulo –, ou abrindo espaço para publicidade.
Mas a maior novidade ficará por conta do acesso de dados nos telefones públicos. A ideia é disponibilizar wifi além de serviços de lista telefônica e GPS, explica Emília. “Passaremos a ter mais de 900.000 pontos de acesso à internet no país. Assim, será possível desafogar os telefones móveis, com acesso mais rápido e de qualidade.” A cobrança do sistema, que deve ser liberado por meio de senha, poderá ser feita por cartão de crédito ou até moedas comuns – esse modelo também está em análise na consulta pública.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro a experiência já começou. “A empresa está desenvolvendo um projeto de wifi em orelhões, utilizando tecnologia 100% nacional, que está em fase inicial de testes”, informa a Oi, responsável pelo desenvolvimento carioca. O foco – como tudo que envolve inovação no país ultimamente – são os grandes eventos mundiais: Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo, Olimpíada… Mas a Anatel não quer esperar tanto para ver o novo projeto ganhar forma. “Queremos dar início esse ano ainda. A agência tem pressa”, enfatiza a conselheira.
E aí, você acha o projeto interessante? Acredita que a internet de alta velocidade gratuita pode se tornar uma realidade ainda no curto prazo no Brasil?