Mas o pior de tudo é a completa falta de segurança. Entre Janeiro e Maio, foram registrados 48.429 roubos de rua no Rio de Janeiro. São 13 por hora, o maior nível em toda a série histórica. Vale a pena conferir o artigo d’O Globo.
De acordo com o jornal Extra, a cidade é cenário de 15 guerras entre quadrilhas. Como uma cidade em plena guerra civil receberá o maior evento do mundo, que representa a paz e união entre povos?
Para as olimpíadas, haverá 85.000 policiais nas ruas, o que deve ser suficiente para evitar arrastões nas imediações das instalações olímpicas e principais pontos turísticos. Mas e depois?
Até quando o brasileiro será tolerante com tanta violência?
E qual a sua causa?
Apesar da fama do brasileiro pacífico, é inegável que os níveis de violência no Brasil são assustadoramente superiores a países de igual ou inferior nível de desenvolvimento.
Acho difícil, se não impossível, achar uma resposta única do porquê dos níveis estratosféricos de violência no Brasil. Cabe o debate, e é assunto para estudos acadêmicos.
Quanto à tolerância à violência, acumulam-se os casos de ladrões acorrentados ou amarrados por populares, buscando ”fazer justiça com as próprias mãos”. Contra violência, mais violência.
Faltam 500 dias para os jogos olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Pela primeira vez na história as Olimpíadas serão sediadas na América do Sul – a segunda no hemisfério sul.
Este é o maior evento esportivo do mundo, reunindo mais de 10 mil atletas de mais de 200 nacionalidades em busca da maior honra do esporte.
Ainda há muito trabalho a ser feito para que tudo esteja pronto e recebamos o mundo de portas e braços abertos, e nossos atletas sonham em honrar a camisa e a bandeira, chegando ao ponto mais alto do pódio.
O Infostrada Sports, renomado instituto de estatísticas esportivas (que acertou a maior parte dos números para Londres 2012) prevê que os Estados Unidos liderarão o ranking mundial novamente, com 47 medalhas de ouro e 97 no total (menos que o conquistado em Londres, 104 medalhas ao todo).
O segundo lugar será novamente chinês, com 28 ouros e 76 medalhas ao todo, seguida de perto pela Rússia (25 ouros, 74 medalhas ao todo).
A mais expressiva queda será justamente dos últimos anfitriões: após o melhor resultado da história, com 29 ouros, 65 medalhas e o 3o lugar no ranking total, a terra da rainha deve se contentar com o 7o lugar geral (10 ouros, 45 medalhas).
E O BRASIL?
De acordo com o Infostrada Sports, o Brasil deve fazer história. Em Londres 2012, o Brasil foi o 22o colocado, com 3 ouros, 5 pratas e 9 bronzes. Em 2016, no Rio de Janeiro, o Brasil deve ser o oitavo colocado no ranking geral.
Será que Arthur Zanetti consegue repetir sua exibição perfeita de Londres e conquistar outro ouro olímpico?
Ao todo, o país deve conquistar 27 medalhas, sendo 10 de ouro, 14 de prata e apenas 3 de bronze.
Nossas maiores conquistas viriam do vôlei, vôlei de praia, judô, natação, ginástica artística, vela, salto em distância e salto com vara. Também são esperadas medalhas na luta olímpica, boxe, handebol e tênis. Seriam 11 esportes condecorados, superando 1996 e 2012 (com 9 esportes cada).
Aline Ferreira pode dar a primeira medalha brasileira em luta olímpica
E o futebol?
Por enquanto, dados os resultados recentes das seleções masculina e feminina, o Infostrada não nos vê nas fases finais do esporte favorito de muitos brasileiros.
Será que conseguimos mudar isto até lá?
E o que você acha dessas previsões? Será que se concretizam? Comente!
PS: Vale lembrar que o ranking é dinâmico e atualizado periodicamente, de acordo com a performance dos atletas em eventos que antecedem as olimpíadas. Confira o regulamento e o ranking atualizado neste link.
Internem a presidenta. Sério, ou a Dilma tá louca, ou é extremamente fanfarrona.
Hoje a excelentíssima senhora Dilma Rousseff passou de todos os limites possíveis e imagináveis. Ao inaugurar a nova Arena Fonte Nova, em Salvador, ela afirmou que o Brasil tem sido insuperável na preparação para a Copa. Do Terra:
“Nós estamos superando as expectativas. De fato nós somos um país conhecido como sendo insuperável ali naquele campo, mas estamos mostrando que somos também um país insuperável fora de campo, nós somos capazes”, disse Dilma em discurso na inauguração do estádio, que receberá a primeira partida no domingo, o clássico Bahia x Vitória.
“Nós somos capazes de mostrar que o Brasil dará uma imensa qualidade à Copa das Confederações, à Copa do Mundo e às Olimpíadas nas disputas futebolísticas. Não é qualquer país que tem essa qualidade e essa beleza nos seus estádios”, acrescentou a presidente, que deu o pontapé inicial da arena, descalça, no centro do gramado. (…)
Apenas Fortaleza e Belo Horizonte cumpriram o cronograma original que previa a entrega das arenas até dezembro. Devido aos atrasos nas obras, a Fifa estendeu o prazo da entrega até abril para Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Brasília.
Pernambuco vai inaugurar seu estádio em 14 de abril, e Brasília, no dia 21. O último a ficar pronto será o Maracanã, no Rio de Janeiro, palco da final do torneio, com um evento-teste previsto para 27 de abril.
O ritmo dos trabalhos nos estádios e os atrasos para a Copa das Confederações fizeram a Fifa reforçar a data de dezembro deste ano para a entrega das 12 arenas da Copa do Mundo de 2014.
Além dos atrasos nos estádios, que inicialmente eram tratados pela Fifa com a certeza de que estariam prontos a tempo, praticamente todas as obras de mobilidade urbana e reformas de aeroportos estão atrasadas. A maioria das obras não ficará pronta a tempo para a Copa das Confederações, e a previsão de conclusão é apenas às portas do Mundial.
Desculpa, dona Dilma, mas você deve estar de brincadeira com toda a população brasileira.
Estádios atrasados e superfaturados. Infraestrutura urbana pífia. Elefantes brancos. Legado? Que é isso.
O Brasil é insuperável, sim, na preparação da Copa. Nunca na história deste planeta um país organizou PIOR um evento. O Brasil deveria se espelhar na França, na Alemanha e no Japão, que fizeram bonito na organização de jogos deste tipo.
Dos jogos panamericanos de 2007, o mais importante legado tinha sido o Engenhão, que recentemente foi fechado por problemas estruturais que poderiam ter causado uma tragédia. Agora, os responsáveis se esquivam.
Infelizmente, vemos histórias assim com frequência no Brasil. A lógica se inverte, e se escolhe o fornecedor mais caro com o pior serviço. Até quando?
Do you speak english? It seems that if you do, it is not a good english.
Se você não entendeu as frases acima, você contribuiu para as péssimas estatísticas geradas pela EF, uma das mais importantes escolas de idiomas do planeta.
O estudo, realizado entre 2009 e 2011 com quase 1,7 milhão de pessoas de 54 países e territórios, indicou que o nível de inglês do brasileiro não só é um dos piores do planeta, como que ele também piorou nos últimos anos.
Na primeira edição, realizada entre 2007 e 2009, o Brasil ficara em 31° lugar, com uma pontuação de 47,27 (em uma escala de zero a 100). Desta vez, o Brasil ficou em 46°, com 46,86 pontos.
Às vésperas de recebermos os dois maiores eventos do mundo, a Copa do Mundo da FIFA de 2014 e os Jogos Olímpicos, em 2016, o nível de inglès PIOROU ao invés de melhorar. Na América Latina, apenas Guatemala, Colômbia e Panamá apresentam notas inferiores. Ficamos atrás de países como Venezuela, El Salvador e Costa Rica. Decepcionante, não?
Países
Os países europeus dominam as primeiras posições do ranking. Suécia, Dinamarca, Holanda, Finlândia e Noruega (todos nórdicos, diga-se de passagem) ocupam o topo da lista e foram os únicos a terem um inglès reconhecido como de “proficiência muito alta”. O primeiro país não-europeu e que não tem o inglês como língua oficial no ranking foi a Argentina, a frente até da Coreia do Sul, do Japão e da França.
Idade
Em todo o mundo, os jovens profissionais de 25-35 anos possuem os melhores níveis de inglês. Na América Latina, a diferença entre as diferentes faixas etárias não é tão expressiva, mas ainda ocorre. Veja no gráfico.
Gêneros
Mulheres possuem níveis mais elevados, tanto no mundo de forma geral quanto na América Latina.
Setores da economia
Pessoas das áreas de viagens, negócios, consultoria e telecom ainda possuem os níveis mais elevados de inglês. Por outro lado, profissionais do varejo e do setor público têm mais dificuldades na língua.
O estudo também identificou que países com IDH mais elevado ou com maior acesso à internet falam inglês melhor. Alguma surpresa? Apesar disso, os países asiáticos ainda patinam na língua mais importante para negócios internacionais.
Apesar da excelente qualidade do ensino, asiáticos (como os coreanos, na foto) ainda têm dificuldade no inglês
Se quiser acessar o estudo na íntegra, clique neste link. E aí, o que achou dos resultados?
Talvez até pessoas que frequentam o Rio de Janeiro não tenham percebido, mas está a cidade está realizando uma das maiores reformas urbanas da história em sua região portuária: o plano Porto Maravilha. Seguindo o exemplo de cidades como Baltimore, Londres, Buenos Aires e, principalmente, Barcelona, o Rio de Janeiro realiza um ambicioso e complexo plano, que dará nova cara à região central da sede dos próximos Jogos Olímpicos.
O MAR (Museu de Arte do Rio) e o Museu do Amanhã, projetado pelo renomado arquiteto Santiago Calatrava, serão construídos na região, dando vigor cultural e artístico a região. A demolição da perimetral, a construção de túneis e a priorização dos pedestres, além de um VLT, darão uma nova região de lazer à cidade.
Além disto, o plano inclui:
Construção de 4 km de túneis;
Reurbanização de 70 km de vias e 650.000 m² de calçadas;
Reconstrução de 700 km de redes de infraestrutura urbana (água, esgoto, drenagem);
Implantação de 17 km de ciclovias;
Plantio de 15.000 árvores;
Construção de três novas estações de tratamento de esgoto.
Vale a pena conferir o vídeo institucional, que dá mais vida às obras mencionadas:
Como a Exame pontuou, a forma que este grande empreendimento está sendo financiada é inovadora:
No conjunto, a reforma no porto carioca é a maior obra de revitalização urbana do Brasil e, segundo levantamento da consultoria KPMG, uma das dez maiores do mundo, lista que inclui a reconstrução da área do World Trade Center, em Nova York.
“Não resta dúvida de que agora a revitalização do porto é uma realidade”, diz Richard Dubois, sócio da consultoria PwC no Brasil. Além daquilo que já foi iniciado, há mais de 70 obras aprovadas para a área, incluindo prédios de escritórios e residenciais privados.
Atrair as empresas privadas, aliás, foi essencial para tirar o Porto Maravilha do papel. Isso foi possível porque a prefeitura do Rio criou condições para firmar parcerias, dar segurança aos investidores e acelerar as obras. Por um lado, adotou um modelo diferente de parceria público-privada.
Normalmente, uma PPP é feita para uma só obra. Por essa lógica, a prefeitura teria de firmar dezenas de PPPs na área do porto, uma para cada empreendimento, o que tenderia a arrastar a empreitada. A saída foi juntar todas as obras de infraestrutura e serviços num pacote e levá-lo a uma licitação.
Com uma oferta de 7,6 bilhões de reais, venceu o consórcio Porto Novo (que reúne as construtoras OAS, Carioca e Odebrecht). A concessionária tem até 2016, ano da Olimpíada, para entregar obras como duas avenidas e 700 quilômetros de redes de água, esgoto, luz e telecomunicações.
A Porto Novo ainda será responsável pela prestação de serviços como manutenção das vias e controle do tráfego até 2026. A ideia é ganhar em eficiência. “A iluminação da região será em LED, e os coletores de lixo, subterrâneos”, afirma José Renato Ponte, presidente da Porto Novo.
“São tecnologias mais caras agora, mas que irão gerar economia no longo prazo.” Para levantar o dinheiro necessário à infraestrutura, a prefeitura adotou um sistema de venda de títulos às incorporadoras interessadas em construir prédios mais altos do que normalmente seria permitido.
Os recursos arrecadados com os títulos são aplicados na melhoria da região onde o prédio ficará. Esse sistema foi usado em São Paulo na reurbanização da avenida Faria Lima. A prefeitura paulistana leiloou os títulos gradualmente ao longo de anos. No caso do Rio, todos os títulos foram vendidos em 2011 para a Caixa Econômica Federal.
O banco estatal assegurou assim uma bolada de uma só vez — pondo 3,5 bilhões de reais em um fundo que vai financiar as obras. Agora, a Caixa está revendendo os papéis para incorporadoras. “A estratégia mostrou ao mercado que há recursos garantidos para a urbanização”, diz Maurício Endo, sócio da KPMG.
Mais que recuperar prédios e ruas estragados, a proposta do Porto Maravilha é criar um ambiente agradável para trabalho, moradia e passeio. Hoje, há 20 000 moradores na área, boa parte em ocupações ilegais. A expectativa é que, em oito anos, abrigue 100 000 usufruindo de qualidade de vida.
A reforma busca tornar o local também atração para turistas. De 1992 a 2010, o número de visitantes de Barcelona foi de 2 milhões anuais para 8 milhões.
O Rio demorou 30 anos para que uma revitalização de fato começasse pelo mesmo motivo que Buenos Aires levou mais de 50 anos até concretizar a reforma de Puerto Madero e São Paulo ainda pena para repaginar seu centro: faltam ações integradas, com abertura de espaço para a chegada de pessoas que morem e deem vida nova ao lugar.
“Normalmente, uma revitalização urbana tão grande só acontece quando não uma, mas uma série de obras de infraestrutura são feitas conjuntamente”, diz Trent Lethco, urbanista da Arup, um dos maiores escritórios de planejamento urbano de Nova York. “O Rio inovou porque concedeu todo o pacote a uma empresa privada.” O começo é promissor — para o bem do Rio, tomara que o plano vingue.
Se o plano der certo, o Rio se colocará no centro do mundo turístico. E é essa a ideia. Leia mais sobre o Porto Maravilha no site oficial, através deste link.