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Você ainda vai trabalhar em uma empresa pequena

Seu crescimento profissional provavelmente passará por uma micro ou pequena empresa.

Do Exame:

Em reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, reafirmou o compromisso da instituição em trabalhar para que as micro e pequenas empresas (MPE) desempenhem papel cada vez mais importante na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

“Precisamos elevar a produtividade para aumentar a participação das MPE no PIB. Mais produtividade requer inovação, o que gera mais competitividade”, afirmou Barretto. Ele se reuniu com Tarso Genro nesta semana, acompanhado do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no estado, Vitor Augusto Koch, e do superintendente da instituição Léo Hainzenreder.

Durante o encontro, Barretto também destacou que os negócios de pequeno porte são “o motor do nosso mercado interno”, grandes geradores de oportunidades de emprego e renda.

A economia brasileira migra para se tornar, cada vez mais, uma economia de serviços. É um caminho sem volta, inevitável e já observado em praticamente todas as economias desenvolvidas. Hoje, quase 70% do Produto Interno Bruto brasileiro já está nos serviços, e isto ainda vai aumentar.

Por que isto ocorre?

Uma economia é composta por agropecuária, indústria e serviços. Nenhuma economia grande consegue ser formada majoritariamente por agropecuária. No Brasil, ela responde por pouco mais de 5% da economia, e por aí deve ficar por um longo tempo.

Quanto à indústria, a abertura aos mercados internacionais expõe a fragilidade do setor no Brasil. Tirando raras exceções, nossa indústria é pouquíssimo competitiva. É inviável competir diretamente com chineses, indianos, indonésios, etc, em setores em que eles possuem custos baixíssimos. Não é novidade para ninguém que os encargos e garantias trabalhistas no Brasil são muito mais protetores que os de boa parte dos países asiáticos.

Pois bem, somos um país de serviços. E em serviços, a produtividade e competitividade são fundamentais. Em âmbito internacional, o setor se baseia em conhecimento. Mais que maquinário evoluído, é fundamental que os funcionários estejam 100% comprometidos e alinhados.

Empresas grandes tendem a ser mais burocráticas. É fato. E por isto o presidente do SEBRAE destaca a importância das micro e pequenas empresas como motores do desenvolvimento brasileiro. Empresas pequenas conseguem ser dinâmicas, adaptam-se mais rapidamente a novidades, atuam em nichos de mercado e possuem diversas outras vantagens. Seus profissionais são multi-funcionais, realizando diferentes atividades ao mesmo tempo. As empresas deixam de procurar seus trabalhadores por profissões, mas investem em talentos e competências.

Enquanto isto, as grandes empresas continuarão existindo, claro, mas tendem a perder importância relativa. O sonho de se trabalhar em uma grande multinacional pode persistir, mas poucos trabalharão nestas companhias, e isto pode ser até melhor para sua carreira.

Estima-se, por exemplo, que em Portugal 91% dos trabalhadores estão hoje em empresas com até 9 funcionários. A multiplicação de pequenas empresas é notável, e representa um fenômeno fundamental para garantir a manutenção do desenvolvimento do país.

No entanto, o Brasil ainda enfrenta um grande desafio para o sucesso das pequenas e micro-empresas: o alto índice de mortalidade das empresas. Segundo o SEBRAE, 27% das empresas sequer sobrevivem ao primeiro ano de atividade. Menos da metade alcançam os 5 anos de existência.

O brasileiro é considerado um empreendedor nato, porém não tem preparo nem treinamento necessários para o sucesso em suas empreitadas no mundo dos negócios. Para piorar, a burocracia atravanca o processo e cria diversas dificuldades.

A solução é conhecida, mas não necessariamente fácil de ser implementada. Desburocratizar e treinar. Quando isso vai acontecer?

Você se vê trabalhando em uma empresa pequena?

Você está preparado para este processo?

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