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Ciclofaixas e a guerra entre modais no trânsito brasileiro

O trânsito brasileiro está se tornando quase tão caótico quanto o indiano, e a guerra entre modais está definitivamente declarada.

Depois dos conflitos entre motociclistas e motoristas, outro veículo de duas rodas chega ao centro da confusão: as bicicletas. Isto porque, nos últimos anos, tem aumentado o número de ciclofaixas (definitivas ou de lazer, que funcionam apenas em fins de semana e feriados) nas principais cidades do Brasil.

Atualmente o Rio de Janeiro é a cidade brasileira com maior malha cicloviária, de pouco mais de 250km. São Paulo e Curitiba vêm logo atrás, e você pode conferir os mapas das ciclovias e ciclofaixas destas cidades clicando sobre elas.

E com isto, o trânsito nas vias atingidas por estes programas, antes tranquilo nos dias de folga, está quase tão ruim quanto em dias úteis.

Trânsito intenso – de automóveis e de bicicletas – na Av. Paulista

Da Folha:

“Já passei mais de uma hora engarrafado entre o Paraíso e a Liberdade e tive que fazer a volta pela Aclimação. Vi até ambulâncias com dificuldade para andar por ali”, conta o tradutor Antonio Leite, 58. Ele diz defender as ciclofaixas, mas “não em vias de trânsito intenso”.

Segundo dados da CET, a Paulista chegou a ter 1,8 km de filas no último dia 11, dois meses depois que a ciclofaixa foi aberta. Quatro domingos antes da inauguração, não foi registrado nenhum quilômetro de retenção na via.

Na região, o ponto mais complicado é na avenida Bernardino de Campos, quando as ciclofaixas da Paulista e da Vergueiro se encontram. Ontem, ciclistas e motoristas chegaram a trocar ofensas em frente à Unip, onde o trânsito era ainda mais complicado por causa da prova da Fuvest.

“Está lotando todo domingo. Claro, eles fecham ruas e tiram uma faixa nossa. Isso enche o saco”, reclamava o veterinário Fábio Resende, 32.

Na avenida Luiz Dumont Villares, na zona norte, a consultora Daniela Antonelli, 40, diz que o trânsito aos domingo parece de dia de semana.

“Se preciso passar por ali, prefiro pegar outro caminho. Quero chegar logo, aproveitar o domingo que passa rápido. É estressante. Já cheguei a dar a volta pela rodovia Fernão Dias”, diz ela.

O fotógrafo e adepto da ciclofaixa Daniel Assis, 31, reconhece que o trânsito piorou aos domingos, mas defende um espaço permanente para as bicicletas -e não só aos domingos e feriados.

“Na Paulista, fica trânsito mesmo. Mas se fosse um espaço permanente, o motorista iria se adaptar.”

Já para Willian Cruz, responsável pelo site Vá de Bike, dizer que a ciclofaixa piorou o trânsito é injusto.

Segundo ele, a lentidão é consequência de um excesso de carros nas ruas.

Desde o governo JK, há 50 anos, o Brasil sempre priorizou o transporte automotivo. Acredito que isto não seja novidade para ninguém. E agora se paga o preço daquela escolha: centenas de quilômetros de engarrafamentos em todas as cidades do Brasil não apenas em situações atípicas, mas no horário de pico de quase todos os dias. É inviável investir apenas nesta vertente: com o crescimento econômico, milhares e milhares de carros novos entram nas ruas anualmente.

O brasileiro se acostumou a andar de carro. Com a dedicação de uma faixa exclusiva para outro veículo (seja ele um corredor de ônibus ou uma ciclofaixa), é comum a repercussão negativa.

Concordo com a opinião de Daniel Assis, favorável a dedicação de faixas exclusivas todos os dias. Os motoristas teriam que se adaptar, escolhendo rotas alternativas – ou optar por outro modal (metrô, ônibus, bicicleta).

Outra notícia, de Nova York:

Em cinco anos no cargo, a superpoderosa secretária de Transportes de Nova York [Janette Sadik-Khan] abriu 450 km de ciclovias, 50 km de corredores de ônibus e fechou várias praças aos carros –a mais famosa delas, a Times Square, tornou-se um grande calçadão.

Reduziu o número de pistas da Broadway pela metade, dobrando as calçadas dos dois lados e espalhando cadeiras e mesinhas.

“Diziam que os lojistas da Times Square perderiam muito dinheiro quando fechássemos a praça ao trânsito, e o contrário aconteceu. A renda do varejo duplicou em três anos, a frequência triplicou, e os pedestres, quando podem circular em paz, acabam gastando mais ali”, explica.

“O espaço para carros e pedestres estava distribuído de forma desigual, havia 70 pedestres para cada dez carros.”

Depois dessa experiência, ela acabou fechando pistas ao lado da Madison Avenue e da Herald Square e transformando parte da Broadway em um semicalçadão. Mais de 50 pracinhas como essa foram criadas em quatro anos.

“Tudo foi feito de forma simples, com mesas e cadeiras baratas. Se desse certo, faríamos algo de longo prazo, com design melhor”, conta, dizendo que as obras definitivas para a nova Times Square começam no final do ano, com projeto dos arquitetos do escritório norueguês Snohetta.

Ela defende a cria: “As ciclovias reduziram em 40% o número de acidentes com ciclistas na cidade. Quando o ciclista precisa se aventurar no meio dos carros, sem proteção, ele é muito vulnerável, como acontece com os pedestres”.

Outra obsessão da secretária é aumentar a velocidade dos ônibus. “Eles precisam ser competitivos com o carro e o metrô.”

Como Sadik-Khan apontou, partilhar a mesma faixa com os automóveis é arriscado. Muitos motoristas se consideram “donos da rua” e não respeitam os pedestres ou ciclistas como deveriam. Ao contrário do que estes pensam, a prioridade sempre é, nesta ordem:

1) do pedestre

2) do ciclista

3) do transporte público

4) do automóvel individual

Mas não é isto que se vê.

E por isto é fundamental separar os ciclistas dos automóveis com faixas exclusivas.

Mas claro que uma mudança como tirar faixas dos carros não pode acontecer sozinha: é preciso investir massivamente no transporte coletivo: colocar mais ônibus nas ruas, e mais modernos, ampliar a malha metroviária das cidades, promover o desenvolvimento regional das cidades (para reduzir o deslocamento em longas distâncias), permitir o transporte das ‘magrelas’ em ônibus, etc.

Você trocaria o carro pela bicicleta para ir ao trabalho/faculdade?

Acha viável investir na malha cicloviária como alternativa aos carros para diminuir os congestionamentos no Brasil?

Será que um dia conseguiremos seguir o exemplo dos holandeses (como se vê no vídeo/documentário abaixo) e substituir o automóvel pelas bicicletas?

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Veja as propostas para as áreas de Economia e Negócios em Curitiba

Neste domingo, será decidido o futuro prefeito de várias grandes cidades do país, entre elas Curitiba.

Curitiba tem o quarto PIB do Brasil, e é a sexta cidade mais populosa. Não é pouca coisa. Além disso, a cidade vive um momento bastante dinâmico, o que torna as propostas para as áreas de economia e negócios ainda mais importantes.

Veja abaixo as principais propostas dos candidatos que passaram para o segundo turno, como publicado pela Exame:

Gustavo Fruet

1. “Curitiba precisa se redesenhar para a nova fase da economia mundial”, diz o professor Fábio Scatolin, responsável pelo plano de governo de Fruet. Segundo o economista, o governo de Fruet vai promover setores como “economia criativa”, um conceito que agrega setores que vão desde webdesign (e aí entra a indústria do software) até “cadeia produtiva da cultura”, afirma Scatolin.

2. Outra aposta do governo de Fruet será na economia verde: “haverá incentivo para empresas de tecnologia que desenvolvam suas atividades econômicas de maneira sustentável”.

3. “Programa pesado de capacitação para os jovens”. Em relação ao primeiro emprego, Scatolin afirma que o candidato do PDT vai usar os recursos da prefeitura e “promover grande parceria com setor público e privado de escolas técnicas e universidades para qualificar a mão-de-obra”.

4. Fruet também pretende transformar Curitiba em “uma cidade digital”. Segundo Scatolin, “precisamos investir pesado também na mobilidade e na infraestrutura de banda larga e fibra óptica”.

Ratinho Jr

1. “Para estimular a economia, temos propostas de incentivo ao turismo (como redução de impostos) e a várias festas. Curitiba é uma das capitais mais frias do Brasil e nós não exploramos esse potencial festivo”, diz Hélio Amaral, coordenador do plano de governo de Ratinho.

2. “Queremos oferecer outras isenções, também, especialmente para a área de alta tecnologia”, conta. Segundo Amaral, o governo de Ratinho Júnior vai procurar atrair indústrias e empresas de biotecnologia e tecnologia de informação.

3. Outra proposta do plano de governo de Ratinho é a criação de um “conselho de desenvolvimento de Curitiba”. De acordo com Amaral, ele seria composto de entidades, pessoas e instituições que trariam ideias e discutiriam propostas para as próximas décadas da cidade.

4. Em relação ao primeiro emprego dos jovens, Amaral explica que Ratinho defende “parcerias para utilização das escolas em horário noturno para cursos de formação e qualificação de jovens”.

Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que, além de longa carreira política e maior estrutura, Fruet está muito mais capacitado para assumir a prefeitura de Curitiba. A cidade precisa de um prefeito preocupado em melhorar a infraestrutura de negócios da cidade e, ainda que genéricas, as propostas do candidato pedetista são muito mais encorpadas.

Curitiba vive um momento especial, e pode aproveitar o protagonismo mundial do Brasil para atrair mais (e melhores) investimentos. 

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Brasil: um país de contrastes (também na Educação)

Um dia depois de ser divulgado o ranking das melhores universidades do Brasil, é importante observar os contrastes na educação no país.

Abaixo, vocês podem ler minha coluna para a edição de setembro da Revista ID’ – Identidade. Em “Ecos do Mundo – Brasil”, eu abordo a educação no Brasil. A edição COMPLETA pode ser acessada gratuitamente através deste link.

Vocês já devem estar cansados de me ouvir dizer isto, mas o Brasil é um país repleto de contrastes. Ouso dizer até que minha nação seja o maior Frankenstein dentre os países do planeta. Em parte por seu tamanho continental, em parte por sua diversidade étnica e cultural, em parte pela formação histórica e por políticas deliberadamente segregadoras (vigentes durante boa parte de nossa história), o Brasil é rico em desigualdades. Uso o termo “rico” de forma proposital, pela dubiedade que este vocábulo me proporciona: a desigualdade torna o Brasil um país único, plural, fantástico, interessantíssimo de se observar. Por outro lado, a nação verde e amarela é maculada pela dificuldade de ascensão social, pela perpetuidade de desigualdades aterrorizantes.

No âmbito da educação, a situação do país não é nada distinta: enquanto temos algumas das melhores universidades do mundo, com professores, estudantes e profissionais que facilmente batem de igual para igual com qualquer par estadunidense ou britânico, temos uma massa de analfabetos funcionais que engolem tudo que lhes é apresentado. Sem capacidade de julgamento, se sujeitam a situações de semiescravidão ou são ludibriados por políticos interessados única e exclusivamente em seus votos.

Comecemos pelo lado negativo, até porque infelizmente este é um dos lados mais conhecidos do Brasil no exterior.

Apesar dos esforços governamentais, o Brasil ainda tem muitas crianças fora da escola. Quem lê o meu blog (https://economistinha.wordpress.com/) já sabe disso: segundo números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, órgão oficial de dados estatísticos no Brasil), 3% das crianças entre 6 e 14 anos estão fora da escola. Juntando-se as de 4 a 5 anos e de 15 a 17 anos ao grupo (que, a partir de 2016, também terão obrigatoriedade de frequentar a escola), são quase quatro milhões de crianças sem instrução formal no país.

Isto acontece, em parte, pela dificuldade de acesso às escolas em regiões muito afastadas. Porém, o pior motivador é o desinteresse: de acordo com tabulações realizadas por um importante jornal brasileiro, 62% destas crianças já frequentaram a escola, mas abandonaram.

Quase quatro milhões de crianças e adolescentes ainda estão fora da escola no Brasil.

 

O futuro destas crianças fica comprometido e a chance destas ingressarem no mundo do crime é alta. É cada vez mais frequente a utilização de crianças e adolescentes por gangues em atividades criminosas de maior risco, devido às penas reduzidas (ou praticamente inexistentes). A discussão quanto à redução da maioridade penal é cada vez mais acalorada, com a multiplicação de latrocínios e homicídios praticados por jovens abaixo de 18 anos.

Famílias desestruturadas favorecem a proliferação desta verdadeira pandemia do crime em grandes centros urbanos brasileiros entre crianças e adolescentes. Crianças que convivem com um (ou os dois) progenitores frequentemente embriagados ou sob o efeito de drogas, morando em residências sem qualquer estrutura, muito próximas a criminosos e sem vislumbrar fuga daquela realidade podem se iludir por promessas vazias de conforto e qualidade de vida proporcionadas pelo submundo do crime. Mais do que a educação formal, a educação extraclasse é muito importante para assegurar o futuro destas crianças. Pais, irmãos, amigos, vizinhos e toda a sociedade têm um papel fundamental para a educação.

No outro extremo, temos um punhado de universidades reconhecidas internacionalmente como de excelência. Segundo o ranking da Webometrics, que leva em conta processos de geração de conhecimento e de comunicação acadêmica, sobretudo via internet, a Universidade de São Paulo (USP) é a 15ª colocada no planeta, à frente de renomadas instituições como as Universidades de Yale, de Chicago ou de Cambridge, por exemplo. No ranking da Quacquarelli Symonds (QS), mais amplo, o país tem 11 universidades entre as 600 melhores do planeta – muito atrás da Alemanha, com 42, ou do Japão, com 27, mas não muito distante de Coreia do Sul e China, com 17 cada, e à frente de Rússia e Índia (com nove cada).

USP, a melhor Universidade da América Latina e referência mundial em ensino superior e pesquisa.

Os pesquisadores e profissionais brasileiros já são destaque e referência em diversas áreas de conhecimento no restante do mundo: Biocombustíveis, Agronegócio, Aviação Civil, Medicina, Tecnologia Bancária e Eleitoral, entre outras. Cada vez mais, o Brasil ganha visibilidade do mundo, e com isto seus pesquisadores. Projetos como o “Ciência sem Fronteiras”, que busca a expansão e internacionalização da ciência e tecnologia brasileiras através de intercâmbios de estudantes, professores e pesquisadores favorecem ainda mais o desenvolvimento da educação brasileira.

Acho que já consegui expor o meu ponto: enquanto a educação pública de base no Brasil é extremamente deficiente, sequer propiciando os conhecimentos básicos ao desenvolvimento mínimo aos estudantes, o ensino superior brasileiro vive dias de glória, e cresce cada vez mais. Importante lembrar que o ensino superior público no Brasil é gratuito, e que o ProUni e o Fies, programas governamentais, subsidiam o ensino superior privado a centenas de milhares de pessoas.

Não quero adotar um discurso demagógico, mas é necessário que as autoridades responsáveis abram os olhos para a situação ainda calamitosa da educação brasileira. Mais do que injeção de capital (que felizmente tem aumentado, mas ainda é insuficiente), é necessário mudar a mentalidade das famílias brasileiras, o que é mais difícil. Mostrar a pais e mães que colocar a criança na escola não é tudo: é preciso estruturar a família, proteger de um ambiente nocivo à sua formação pessoal. Valores éticos e morais fortes. Dedicação. Apoio. Pode parecer pouco, mas o reforço destas características é fundamental à melhoria das condições de vida e do futuro de crianças e jovens brasileiros.

Mais que criar: educar. Mais que instruir: explicar.

O futuro do país está em jogo.

Peço desculpas, caros leitores, mas não fui irônico, sarcástico ou divertido como de costume nesta edição. Mas quando o assunto é o futuro das crianças e jovens deste planeta, eu não estou para brincadeira. Nada é mais sério e importante que isto.

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Brasil tem quase quatro milhões de crianças fora da escola

O governo adora divulgar aos sete ventos que colocou todas as crianças brasileiras na escola. Infelizmente, para quem circula pelas ruas de qualquer grande cidade do país, vê crianças nas ruas em horário escolar em semáforos. Nas regiões mais inóspitas e de mais difícil acesso do Brasil, especialmente no norte, o índice de crianças fora da escola é ainda mais alto.

Veja abaixo o gráfico publicado pelo jornal O Globo:

Os números do Censo do IBGE mostram que, apesar de o problema ser mais grave nas regiões Norte e Nordeste, nenhum estado conseguiu até hoje incluir todas as crianças de 6 a 14 anos na escola. Esta população de não estudantes representa 3% do total da faixa etária. Pode parecer um percentual pequeno, mas é grave quando se considera que é quase um milhão de crianças que ainda não têm garantido um de seus direitos mais básicos, previsto pela Constituição de 1988: estudar. Se a esse grupo forem incorporados as crianças de 4 e 5 anos e os jovens de 15 a 17 (que passam a fazer parte da faixa etária de escolaridade obrigatória a partir de 2016), o número aumenta para 3,8 milhões, ou 8% do total.

Tabulações feitas pelo Globo nos microdados do Censo mostram que o problema é maior entre os mais pobres e crianças com algum tipo de deficiência. Os números também revelam que a maioria (62%) das crianças que não estudam dos 6 aos 14 chegou um dia a frequentar a escola, mas abandonou os estudos. O problema é ainda mais grave se consideradas as faixas etárias de 4 e 5 anos e de 15 a 17, que desde 2009 passaram a ser também obrigatórias, mas com prazo para adequação dos sistemas até 2016.

Ex-representante da Unesco no Brasil e doutor em Educação pela Universidade de Stanford, o assessor internacional para a área de educação, Jorge Werthein, diz que o primeiro passo, nada fácil, é identificar essas crianças e adolescentes.

— O Brasil é um país de contrastes. Há estados importantes com uma grande periferia urbana e muitas desigualdades econômicas. Há estados com uma área rural significativa que sofrem com a falta de escolas. Num país continental, é uma tarefa árdua chegar a essas crianças e adolescentes por estado, por capital, por região metropolitana. Mas é preciso achá-los e depois convencê-los a ingressar ou a voltar para a escola — diz.

— Depois, nós temos que repensar a escola para que ela seja um espaço não apenas prazeroso, mas em que os alunos sintam que estão aprendendo. Uma escola ruim em qualquer lugar do mundo expulsa os alunos, com repetências e abandono. Deixa para eles a mensagem de que não são capazes, o que marca de forma brutal meninos e meninas — completa Werthein.

É preciso reforçar as políticas públicas de inserção das crianças na escola, mas principalmente, mudar a consciência da importância dos estudos em todas as famílias brasileiras.

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