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Os juros continuam caindo… Mas como isso muda a sua vida?

E a Selic caiu mais ainda.

Ontem, o Banco Central anunciou:

O Copom considera que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação. O Comitê nota ainda que, até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária.
Diante disso, dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 8,00% a.a., sem viés.
Votaram pela redução da taxa Selic para 8,00% os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini, Presidente, Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.

O mercado já esperava, mas ainda assim é notável o desenvolvimento da taxa básica de juros no Brasil. Esta é a oitava redução consecutiva. Já faz quase um ano que ela não para de cair, e alcançamos um novo recorde de mínima.

O que isso muda na sua vida?

Bem, se você gosta de guardar dinheiro na poupança, saiba que qualquer quantia que você tenha colocado lá depois de 3 de maio agora renderá menos: 5,6% ao ano, para ser mais exato. Se a taxa continuar caindo, renderá ainda menos.

Talvez seja a hora de considerar novas formas de fazer seu dinheiro render, não acha? O Exame fez algumas simulações, vejam:

Essas são opções com riscos semelhantes à poupança, ou seja: praticamente ZERO. Mas talvez valha a pena diversificar seus investimentos, aproveitar que o Ibovespa está andando de lado há algum tempo e investir em ações… Há várias possibilidades, através de fundos, por exemplo. Pesquise!

Outra coisa que muda: os principais bancos já anunciaram novas reduções nos juros no crédito.

Se você está pensando em comprar alguma coisa financiado, esse pode ser um bom momento. Planeje-se e compare, analise, verifique. Mas se você já está com um comprometimento muito elevado da sua renda, resista à tentação e ECONOMIZE!

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Conheça e Invista no Tesouro Direto

O Tesouro Direto é uma das formas mais seguras e simples de conseguir rendimentos superiores aos da poupança, com risco baixíssimo e liquidez SEMANAL.

Você pode comprar diretamente no site do Tesouro Nacional ou através de uma corretora.

No vídeo abaixo, produzido pela corretora Ágora, você tem todos os detalhes dos tipos de títulos disponíveis!

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Você sabia que a poupança mudou?

As regras da poupança mudaram. Desde a última sexta-feira, o investimento favorito das famílias de baixa renda (quando não são ludibriados por gerentes de banco que tentam enfiar títulos de capitalização goela abaixo dos clientes) segue uma lógica diferente.

Sempre que a Selic for superior a 8,5% ao ano, nada muda (atualmente ela está em 9% aa). O rendimento da poupança continuará sendo de 0,5% ao mês, acrescido da Taxa Referencial (famosa TR, de 0,0864% ao mês).

– Porém, quando a Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano, a poupança será determinada por ela. O rendimento do investimento será igual à TR + 70% da Selic. Se a Selic for a 8%, por exemplo, o retorno será de 5,6% ao ano.

A equipe econômica do governo tomou a decisão de alterar as regras da poupança para abrir caminho a maiores reduções na taxa básica de juros, a Selic. Com a regra antiga, sempre que a taxa se reduzia de forma mais contundente, tornava-se mais interessante investir na poupança que em rendimentos de maior risco.

Para evitar esta migração que poderia, inclusive, prejudicar o financiamento das contas públicas, as alterações ocorrem neste momento.

Porém, não acredite em tudo que o governo diz.

Dilma afirmou que as alterações protegem o pequeno investidor. No longo prazo, isto pode até ser verdadeiro, mas no curto prazo o que se observará será uma redução nos retornos, e um desincentivo à poupança. O consumo pode aumentar, aquecendo a economia. Por outro lado, o brasileiro já não possui o costume de poupar, e o índice de endividamento tem subido – o que pode levar a maior inadimplência.

No futuro, porém, isto pode favorecer a redução de todas as taxas de juros do país, reduzindo o custo de financiamento (público e privado).

É um avanço.

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Escolha o melhor investimento para VOCÊ

Para muita gente, conseguir economizar alguma coisa no fim do mês já é complicado. Não, não estou julgando, eu sou um desses. Ao contrário do que as piadas de tio engraçadão dizem, economista não aprende a economizar. Aliás, comigo a faculdade fez exatamente o contrário. Mas a ideia é mudar nosso comportamento, e guardar uma parcela do salário no fim do mês para investir. Aí ótimo, economizamos mas… o que fazer com esse dinheiro? A maior parte das pessoas desinformadas simplesmente joga na poupança, sem nem pensar direito. Talvez a poupança realmente seja a melhor ideia, mas é preciso tomar esta decisão de forma consciente, conhecendo todas (ou ao menos as principais) opções de investimento que você tem, ok?

Vamos dar uma olhada nas principais formas de investimento?

1) Poupança

Ah, a boa e velha poupança. Por muitos anos, qualquer economista diria para você ficar longe dela, porque ela seria a pior forma de investimento possível. Mas com a queda da Selic, ela começou a se tornar uma opção interessante.

Vantagens:

– Se você investir menos de R$50 mil, não paga imposto de renda.

– Não há taxa de administração.

– A liquidez é diária. Ou seja, você pode sacar seu dinheiro a qualquer momento, em uma emergência.

– O investimento é MUITO seguro, e o retorno é praticamente pré-fixado – você sabe quanto terá no futuro.

Desvantagens:

– O retorno é baixo. 6% ao ano mais a variação da TR.

2) Ações

Muita gente tem medo do mundo das ações, mas no longo prazo este pode ser um excelente investimento. Isto por diversos motivos:

– Os rendimentos são corriqueiramente muito superiores a outros mais estáveis;

– Você se protege da inflação, porque os preços das ações também sobem com a alta de preços de mercado;

– No longo prazo, as flutuações típicas das ações são amenizadas;

Porém, há risco. Vejam o vídeo produzido pela BM&F Bovespa, ajudando iniciantes a investir,  neste link:

Voltaremos a falar de ações em breve.

3) Tesouro Direto

Muita gente nem sabe, mas pode comprar títulos do tesouro direto. OK, você terá que pagar imposto de renda, mas como as taxas de juros ainda são relativamente altas, se você pretende deixar seu dinheiro pelo menos 6 meses “parado”, você pode ganhar mais dinheiro com títulos que na poupança.

Vantagens:

– Liquidez semanal, geralmente;

– Mesmo risco da poupança, ou seja, praticamente nulo;

– Você nunca perde dinheiro.

Devantagens:

– Há a incidência de taxas e impostos que você precisa levar em conta. De duas delas, você não escapa: a taxa de custódia, cobrada pela bolsa, de 0,3% por operação, e a de negociação, de 0,1%. Além destas, o agente que faz a negociação por você (que pode ser um banco, ou uma corretora) também costuma cobrar uma taxa de custódia (segundo o pequeno investidor, o Banco do Brasil cobra 0,5% por operação atualmente). Some-se a isto a alíquota de imposto de renda, que varia de 15% a 22.5%. Com tudo isto, o seu retorno pode ser menor que o da poupança, mantenha-se atento! Veja estas simulações feitas pelo Pequeno Investidor:

4) Fundos

Existe uma infinidade de fundos, de todos os tipos e para todos os gostos. Bancos adoram fazer fundos e mais fundos, mas é importante olhar o que está DENTRO deles.

Existem fundos de renda fixa, que são basicamente compostos por títulos do governo. É bom ter bastante atenção a eles, porque apesar de serem bastante seguros, eles tendem a ter taxas de administração de pelo menos 2%, o que já torna o investimento menos atrativo que investir diretamente em títulos.

Quanto aos fundos de renda variável, eles são uma boa pedida para quem quer ter ganhos com a bolsa sem ter que ficar de olho na flutuação de preços constantemente. Mas preste atenção a quais ações estão lá dentro antes de comprar, e a liquidez. Alguns destes fundos impedem que você saia a qualquer momento…

Além destes, há fundos mistos, que podem ser uma opção válida.

5) Títulos de capitalização

FUJA DESSA PORCARIA. Imediatamente. Estes títulos prometem algum rendimento (baixíssimo), mas amarram você até o vencimento, ou pelo menos por muitos meses.

Seu grande atrativo é a distribuição de prêmios, como carros, casas ou dinheiro. Porém, a probabilidade de você ganhar algo assim é tão baixa que você dificilmente será premiado. PIOR: Se precisar tirar o capital investido antes do vencimento, geralmente recebe apenas uma fração do total, não superior a 60%. Ou seja, além de não ter a menor chance de ganhar com o investimento, você perde se tirar o dinheiro antes.

Gerentes de banco tendem a tentar enfiar estes títulos goela abaixo de seus clientes mais ingênuos ou ignorantes através dos prêmios ou de promessas mirabolantes. Isto porque eles tem metas de vendas por mês, e PRECISAM angariar novos fidelizados. Para o banco, este capital é excelente, pois pode ser investido no crédito. Sem risco de ser sacado no meio do caminho. Sem ter que entregar rendimentos.

Se você quer sonhar em ganhar prêmios, jogue na LOTERIA. Ou na quermesse da igreja.

Essas são algumas das principais formas de investimento. Também existem outras, que pretendo abordar em um segundo capítulo desta série, se vocês gostarem deste post e compartilharem com todos os seus amigos, ok?

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Aprenda a investir

Na última semana, aprendemos aqui no Economistinha como organizar suas finanças pessoais em dois passos, através da fotografia do que você costuma gastar e do controle dos seus gastos correntes. Como vocês devem se lembrar, a ideia é que, todos os meses, você gaste menos do que recebe e, com isto, sobrará dinheiro para investir. Porém, uma pergunta recorrente é: como devo investir?

Esta é uma pergunta sem uma resposta única, pois todas as formas de investimento possuem suas vantagens e desvantagens. Para tomar esta decisão, é preciso ter em conta diversos fatores, que podem auxiliá-lo a escolher a sua cesta de investimentos.

Menciono cesta de investimentos porque, como todos sabem, é perigoso colocar todos os ovos em uma cesta só. É preciso ter atenção e sabedoria na hora de decidir como investir, para evitar arrependimentos posteriormente.

 

1) Objetivo e Prazo

Antes de investir, é preciso saber qual o seu objetivo com este investimento. Você quer comprar uma casa? Um carro novo? Uma viagem para o exterior? Pagar sua pós-graduação? Ou simplesmente garantir uma poupança para possíveis emergências?

Tendo isto em mãos, é importante também saber o prazo pelo qual pretende investir: alguns meses? Um ano? Dois, três, cinco anos? Eu prefiro pensar neste número como o saldo final da conta, mas nem sempre é assim. Isto porque prefiro pensar que a quantidade disponível para investir é derivada dos seus gastos correntes e de seus planos, e não o contrário. Porém, se o prazo é determinado externamente (se você não tem como controlá-lo), talvez tenha que sacrificar quanto gasta por mês. Vamos olhar os exemplos?

Exemplo 1: Viagem ao exterior

Quantia economizada por mês: 500 reais.

Custo da viagem: 7000 reais.

Taxa de retorno esperada dos investimentos: 0,6% ao mês

Tempo de retorno: 13,48

Considerando que se economize, portanto, por 14 meses, você terá R$ 279,66 extras para gastar! Se você tivesse comprado a mesma viagem em parcelas fixas com taxa de juros de 2% ao mês, você teria gasto quase R$ 8000 nesta compra.

Exemplo 2: Curso de especialização

Custo: 10000 reais.

Início do curso: jan/2013 (em 8 meses)

Tx de retorno dos investimentos: 0,7% ao mês

Economia mensal programada: 1000 reais

Economia mensal necessária: R$1219,70

Neste caso, como o curso começa em janeiro de 2013, não há muita escapatória. Ou você tem o dinheiro até lá, ou não poderá participar. Desejava-se economizar apena R$1000 por mês, mas será necessário fazer um esforço adicional de R$250 para garantir que se consiga toda a quantia. Será necessário um rearranjo dos gastos mensais para garantir que se consiga este esforço adicional.

2) Perfil do investidor

Mesmo que o investimento seja de longo prazo, há pessoas que morrem de medo de investir em bolsa de valores, por exemplo. Outras pessoas são ávidas por liquidez e, mesmo que tenham o capital disponível, dificilmente investiriam em imóveis. É preciso ter em conta todos estes fatores na hora de tomar a decisão de como investir. Tente refletir e descobrir como você lida com o risco, se você precisa de liquidez diária, semanal, mensal ou talvez não faça questão de liquidez, se você gosta de se manter atento aos seus investimentos ou prefere não precisar dar atenção a eles, entre outros fatores que podem influenciar o seu perfil de investidor.

Estes foram os primeiros passos para que você possa tomar as decisões corretas de como investir o seu dinheiro. Amanhã apresentaremos algumas opções de investimentos para você, com suas principais vantagens e desvantagens e, a partir da próxima semana, traremos entrevistas com pessoas normais, como você, explicando o seu perfil como investidor, suas preferências e dividindo conosco suas experiências com os investimentos até hoje. Fiquem atentos!

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